Especialista explica como o equilíbrio hormonal contribui para o emagrecimento e manutenção do peso e da saúde.
Você já ouviu falar em emagrecimento hormonal? Em alta nas buscas do google, a dieta hormonal promete mais energia e jovialidade, além da melhora do humor. Mas, será que ela funciona mesmo? De acordo com o médico ginecologista Dr. Jorge Valente, na maioria das vezes que as pessoas ganham peso elas estão em desequilíbrio hormonal, por isso, ao restabelecer esse equilíbrio é possível sim atingir a perda de peso e de quebra ter muitos outros benefícios como aumento da disposição, libido, humor, qualidade do sono e da pele.
Isso ocorre porque os hormônios desempenham papel importante no corpo das pessoas, entre eles a regulação do apetite, do metabolismo e da distribuição de gordura corporal. “A dieta hormonal é focada em manter o equilíbrio e controle dos hormônios fazendo com que eles desempenhem suas funções com excelência”, explica o Dr. Jorge Valente.
O médico ressalta que, se as pessoas que buscam por um acompanhamento para perda de peso forem orientadas a apenas fazerem dieta e exercício elas terão um emagrecimento muito pobre. “É necessário que se faça a correção hormonal e isso se dá por meio de uma adequada investigação para averiguar como estão, por exemplo, as taxas de hormônios como os da tireoide, insulina e sexuais, que são os que possuem relação com o metabolismo dos açúcares, das gorduras e com a taxa metabólica basal de cada indivíduo”, destaca.
Segundo o Dr. Jorge Valente esse reequilíbrio é feito por meio da atividade física, alimentação adequada e da correção dos cofatores desses hormônios, como os minerais, vitaminas e aminoácidos, sendo que em boa parte deles é necessário fazer a reposição. “A reposição é indicada quando apenas a alimentação não está sendo suficiente para equilibrar os hormônios e isso é aparente quando os exames bioquímicos apresentam resultados alterados”, diz o médico.
Por isso, seja na dieta hormonal ou em qualquer outro tipo de dieta é fundamental ter um acompanhamento médico especializado. “É esse profissional que vai avaliar, de acordo com a individualidade de cada pessoa, qual o melhor caminho para atingir os resultados esperados”, ressalta o ginecologista.
Veja, abaixo, alguns dos hormônios que afetam o ganho e perda de peso:
Hormônios da Tireoide
Glândula localizada no pescoço, a tireoide é responsável por liberar hormônios com diferentes efeitos a exemplo da temperatura corporal, frequência cardíaca e taxa metabólica, que nada mais é que a taxa na qual se queima calorias. Os dois principais hormônios tireoidianos são o T4 (tiroxina) e o T3 (triiodotironina).
O hipertireoidismo – quando as pessoas secretam muito hormônio da tireoide, eleva os níveis de energia, provocando nas pessoas a aceleração dos batimentos cardíacos, dificuldades para dormir e perda acelerada de peso. Por outro lado, pessoas diagnosticadas com hipotireoidismo (pouca secreção do hormônio), têm a taxa metabólica reduzida, levando ao ganho de peso, e à apresentação de outros sintomas como desaceleração dos batimentos cardíacos, cansaço e sonolência.
Grelina
Considerada o “hormônio da fome” a grelina tem como principal função estimular o apetite. Sua produção acontece nas células do estômago e é ela quem avisa ao cérebro quando é hora de se alimentar.
Leptina
Atuando de maneira inversa à da grelina, a leptina reduz o apetite. Este hormônio também é responsável pelo controle do gasto energético e contribui com a manutenção do peso no nível adequado. Dietas balanceadas são as mais recomendadas para o bom funcionamento da leptina.
Hormônios sexuais
Os hormônios sexuais como o estrogênio (feminino) e a testosterona (masculino) afetam o acúmulo e distribuição da gordura corporal. No caso do hormônio feminino é ele quem determina a distribuição da gordura para as regiões do quadril e coxa. Por isso, quando os níveis de estrogênio estão baixos, principalmente no período da menopausa, as mulheres tendem a acumular menos gordura nessas regiões e mais na área da cintura. Quando em excesso, essa gordura visceral pode ampliar o risco de desenvolver doenças cardíacas e diabetes do tipo 2.
Por outro lado, a testosterona estimula a formação de massa muscular e contribui para a redução dos níveis de gordura corporal. Os níveis de produção desse hormônio costumam reduzir gradativamente a partir dos 20 ou 30 anos de idade.
Insulina
A insulina é o hormônio que atua no nivelamento da quantidade de açúcar no sangue. Quando buscamos o emagrecimento o ideal é que os níveis desse hormônio estejam baixos. Porém, se o objetivo é, por exemplo, uma hipertrofia muscular, esses níveis podem ser aumentados.
Sobre o Dr. Jorge Valente
Médico especialista em ginecologia pela FEBRASGO, com 24 anos de atuação na área de ginecologia endócrina atuando em reposição hormonal emagrecimento e foco na saúde integral onde o estilo de vida é a base do tratamento. Pós graduado em medicina ortomolecular e em longevidade.