Os números são alarmantes. Segundo o último Boletim Epidemiológico Especial do Ministério da Saúde, de 2015 a 2019 foram diagnosticados no Brasil mais de 137 mil novos casos de hanseníase. Por ser uma doença infecciosa, transmissível e de caráter crônico, ainda figura como um dos principais problemas de saúde pública no país.

Somente no ano de 2019, foram reportados à Organização Mundial de Saúde — OMS mais de 200 mil casos novos da patologia em todo o mundo. Desse total, 29.936 mil ocorreram na região das Américas, sendo 27.864 notificados no Brasil. O cenário classifica o país com alta carga para a doença, ficando na segunda colocação na relação de países com maior número de casos no mundo, atrás apenas da Índia. 

"A hanseníase faz parte do que chamamos de doenças negligenciadas, assim como a tuberculose, a dengue e a malária. Isso no mundo inteiro. Falando especificamente da hanseníase, é uma doença infectocontagiosa crônica causada por uma bactéria, um bacilo, e acomete preferencialmente a pele e os nervos periféricos. Embora a gente saiba da possibilidade, a depender da sua forma, de ser uma doença sistêmica", declara o Dr. Emerson Ferreira Costa.

"A doença foi estigmatizada durante muito tempo e, na história da humanidade, as pessoas eram isoladas da sociedade quando diagnosticadas com hanseníase. Nesse contexto, vale destacar que é uma patologia que tem alta infectividade. No entanto, tem baixa patogenicidade, ou seja, ao longo da vida, muitas pessoas entrarão em contato com a bactéria, porém, poucas adoecem. Esse comportamento vai depender, claro, da bactéria e de como ela se relaciona com o hospedeiro. Verificamos a importância do tratamento das pessoas que adoecem para que possamos quebrar a cadeia de transmissão ", destaca o médico.

Formado pela Universidade Federal de Sergipe — UFS, com especialização e mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro — UFRJ e doutorado pela Universidade de São Paulo — USP, o Dr. Emerson Ferreira Costa foi convidado pela Universidade Tiradentes, por meio do polo Unit EaD de Lagarto, para esclarecer dúvidas sobre a doença em live realizada no YouTube da instituição de ensino.

Com informações do Ministério da Saúde

Fonte: Assessoria de Imprensa | Unit