O infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio Góes, explica que o coronavírus é um vírus novo e que não se sabe, ainda, se potencialmente ele consegue ser tão transmissível em outras áreas como ocorre na China. O que se sabe é que é transmitido pelas secreções respiratórias, seja na hora da fala ou da tosse, ou nos ambientes contaminados. “Estamos com o coronavírus como preocupação, mas é importante lembrar que temos no Brasil e em Sergipe o vírus Influenza H1N1 e os outros vírus Influenza, que circulam no nosso meio, e que tudo que for feito para evitar a transmissão, consegue-se diminuir os casos graves, os surtos e epidemias”, alertou o infectologista.

Os sintomas do coronavírus são semelhantes aos de outros vírus respiratórios, ou seja, tosse, febre, dor de garganta e dispneia (falta de ar). Podem se apresentar de forma mais simples, como um resfriado comum, ou afetar a árvore respiratória mais inferior, os pulmões, levando a pneumonia ou bronquite, que são quadros mais graves e podem levar a uma insuficiência respiratória e até ao óbito.

A prevenção ao coronavírus segue a mesma recomendação em casos de gripes e resfriados e são hábitos que, segundo Marco Aurélio, devem fazer parte da rotina das pessoas: se vai tossir ou espirrar, utiliza preferencialmente um lenço descartável ou cobre a boca e o nariz para evitar que o vírus se espalhe; lavar mais as mãos; fazer a higienização com álcool gel se não tem como lavar as mãos facilmente no ambiente em que está; limpar locais como teclado e celular; e se está gripado evitar circular em áreas de grande aglomerados para não distribuir o vírus na comunidade.

Ele entende que não há motivos para pânico em relação ao coronavírus, uma vez que o vírus ainda não circula no Brasil embora haja 16 casos suspeitos. Segundo ele, o grande desafio do país diante do coronavírus é melhorar a vigilância para a identificação precoce dos casos suspeitos, de modo a interromper uma possível cadeia de transmissão.