Há um ano, no dia 17 de abril de 2023, chegava ao mundo a pequena Rhebeca. Ela foi o primeiro bebê a nascer na Maternidade Municipal Lourdes Nogueira (MMLN), unidade materno-infantil de Aracaju, inaugurada pelo prefeito Edvaldo Nogueira três dias antes, em 14 de abril.

A mãe de Rhebeca, a dona de casa Gisandra Ferreira, moradora de Nossa Senhora do Socorro, foi uma das primeiras mamães a receber o atendimento humanizado prestado na maternidade, uma das principais marcas registradas da Maternidade e que se consolida e se confirma, a cada novo parto.

Ao longo do primeiro ano, a Maternidade Lourdes Nogueira foi fortalecendo suas políticas e se tornando, cada vez mais, referência na acolhida humanizada às pacientes. A unidade traz números relevantes como a realização de cerca de 3.500 partos, sendo 70% destes, partos normais, conforme preconizado pelo perfil da unidade.

Mesmo sendo municipal, a unidade já atende a cerca de 80 municípios, sendo 66 de Sergipe, nove da Bahia, quatro de Alagoas e um atendimento a uma parturiente oriunda de São Paulo capital. Aracaju lidera no registro de origem das pacientes, com 72% do total. Destas, 63,17% realizaram parto normal e 36,28% realizaram cesáreas.

O atendimento prestado às gestantes é feito por uma equipe multidisciplinar muito bem qualificada, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros, que garantem o bem-estar das pacientes desde a chegada à maternidade até o momento do parto e pós-parto. Segundo o diretor-técnico da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira, Mauro Bezerra, a chegada dessa unidade materno-infantil foi um marco histórico em Aracaju, que passa a ter uma maternidade-modelo com uma estrutura ímpar e com a ideologia da humanização no atendimento.

“Isso faz com que a gente tenha um grau de satisfação das nossas pacientes acima de 98%. Além de ser um ambiente muito interessante para a gente trabalhar, onde os colaboradores realmente percebem o seu valor e o impacto que eles causam na vida das famílias. O balanço que a gente faz desse primeiro ano de funcionamento é bem positivo e a nossa expectativa é que a gente consiga, cada vez mais, alcançar um grau maior de qualidade. Teremos várias etapas desafiadoras, com o processo de acreditação, processo da iniciativa Hospital Amigo da Criança, diversos processos de qualificação dos nossos serviços, através dos quais iremos realmente certificar a qualidade dos nossos serviços”, disse.

Diferencial

Um dos principais diferenciais da Lourdes Nogueira é o atendimento humanizado, algo que vai além parto normal, segundo explica o diretor-técnico Mauro Bezerra, contando um atendimento adequado para a mulher, obedecendo os critérios técnicos e também a individualidade de cada uma. Isso é o que tem despertado o desejo em muitas mulheres, inclusive de outros municípios do estado, a optarem pela Lourdes Nogueira para terem seus bebês. Segundo o diretor-técnico, 30% das pacientes são de outros municípios, e isso reflete o grau de qualidade do serviço prestado na unidade.

“Para além dos partos, os profissionais da Maternidade Lourdes Nogueira realizam uma série de outros procedimentos. Além das consultas de urgência e emergência, lá também são realizados serviços de exames complementares, como ultrassonografia e radiografia, procedimentos cirúrgicos como a curetagem e laqueadura nas pacientes que estão internadas e que têm a indicação para tal”, explica o diretor-técnico, o obstetra Mauro Bezerra.

Na unidade do Cartório da Maternidade já foram emitidas mais de 2.300 certidões de nascimento. Entre os serviços de urgência e emergência, já foram realizados mais 12.900 atendimentos com classificação de risco, 41.000 exames laboratoriais e 13.000 testes de triagem neonatal realizados.

Funcionando 24 horas, sete dias por semana, já foram produzidas e servidas mais de 226.000 refeições, que incluem as parturientes, os recém-nascidos (caso seja prescrito), os acompanhantes e os colaboradores da unidade, neste um ano de funcionamento ininterrupto.

A Maternidade Municipal Lourdes Nogueira também obteve a expressiva marca de 98% de aprovação pelas pacientes, a partir das opiniões obtidas num formulário específico preenchido por todas as gestantes e puérperas que passam pelo atendimento. Número inédito e que mostra, de forma inconteste, o impacto da aceitação do modelo assistencial desenvolvido na unidade.

A coordenadora de enfermagem da maternidade, Emmanuelle Moura, trabalha na unidade desde a sua inauguração, e conta que chegou com uma expectativa muito grande. “Como profissional, eu também sempre sonhei com isso que a gente vive hoje aqui. A maternidade mudou a realidade das pacientes, a forma como elas são atendidas e acolhidas. Melhorou o fluxo de outras maternidades também, que conseguem desempenhar um bom atendimento, ter a oportunidade de profissionais atuarem de uma forma muito positiva, como a gente faz aqui, adotando as boas práticas. Para mim, enquanto enfermeira obstétrica, ver colegas atuando, sendo pioneiros nesse projeto, é muito gratificante”, disse.

Ela ainda reforça o maior diferencial da maternidade. “É bom destacar que o parto humanizado é aquele que é seguro, que respeita a paciente, a sua fisiologia, e que é baseado em conhecimento científico. Então, o parto humanizado traz a paciente como protagonista da sua história, traz a família também para junto. Aqui, todas as pacientes têm direito ao acompanhante. A gente incentiva muito isso. É importante o pai da criança acompanhar, perceber que aquela mulher tem uma força incrível. Isso faz com que a família também se fortaleça, faz com que esses ‘aracajuaninhos’ que estão chegando venham em um ambiente de união. A gente vinha com uma expectativa muito grande em relação à maternidade, e acho que a gente está conseguindo até mesmo superar”, declarou.

A maternidade tem uma parceria com as doulas, profissionais que oferecem apoio psicológico, conforto e suporte emocional à mulher durante todo o período de gravidez, parto e período pós-parto. A coordenadora lembra que a unidade é porta-aberta para as doulas, que fazem um cadastro prévio e podem ir com a paciente para o momento do parto.

“É a paciente que escolhe a doula que vai acompanhá-la, porque é um vínculo que se cria desde a gestação, e ela é muito bem-vinda aqui. Elas também participam de eventos que a gente promove, seja como palestrantes ou como ouvintes. O papel da doula é dar força para essa mulher que está em trabalho de parto. As doulas representam um apoio emocional para a paciente. O objetivo é o bem-estar da paciente. Então a gente tem um objetivo em comum e a gente se une para que possamos dar a melhor assistência possível”, explicou.

Estrutura

A Maternidade Municipal Lourdes Nogueira ocupa uma área superior a 7,6 mil metros quadrados e conta com: sala de atendimento; sala de admissão; sala de observação; sala de estabilização; 51 leitos obstétricos (alojamento conjunto); sala de cuidados intermediários para gestantes; 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin); 10 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais  (Ucinco); 5 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Canguru (Ucinca); 2 salas de centro obstétrico para cirurgia; 1 sala para esvaziamento uterino (Amiu); 8 quartos PPP Centro de Parto Normal (CPN); Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH);  banco de sangue; cartório; serviço social; central de esterilização de material (CME); unidade de nutrição e dietética  lactário; farmácia hospitalar central e necrotério.

“A maternidade funciona em regime de plantão, nos quais há uma escala completa. Desde a sua inauguração, nós nunca fechamos. Temos uma equipe bem ampla de especialistas para atender à população, como médicos obstetras, pediatras, anestesistas, ginecologistas, infectologistas, cardiologistas, cirurgião geral, profissionais da enfermagem, nutricionistas, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, 24 horas por dia, todos os dias na semana”, disse o médico Mauro Bezerra.

Jaqueline Santos Rocha, de 32 anos, deu à luz à pequena Maria Natyelle na Maternidade Lourdes Nogueira. Esse foi o seu sexto parto, e ela disse ter ficado muito satisfeita. “Minha experiência aqui na maternidade foi muito boa, gostei bastante do atendimento. Meus outros filhos eu tive em outra maternidade, e aqui foi bem diferente, desde a recepção, quando eu cheguei, até a hora do parto. Os profissionais me trataram muito bem, desde as enfermeiras, os médicos, todo mundo”, disse.