O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, tem como objetivo conscientizar as pessoas do mundo inteiro sobre os problemas associados à doença como a alta mortalidade por doenças cardiovasculares, AVC, insuficiência renal, perda da visão, úlceras, amputações, entre outras complicações da doença. A diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo deixa de produzir insulina, hormônio responsável pelo controle de glicose no sangue, ou não consegue empregar adequadamente a quantidade que produz.

Os dados são crescentes e abrangem não só os adultos, mas também crianças, especialmente com idade entre sete e 14 anos. O médico do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), André Brandão, alerta para alguns cuidados que são essenciais para quem é diabético e ressalta que a prevenção ainda é o melhor remédio.

“Uma das coisas fundamentais da diabetes, primeiramente, é a prevenção. A gente fala com relação à dieta adequada com poucos carboidratos, o controle da obesidade, atividade física e mudança do estilo de vida. Com relação ao paciente diabético e os cuidados que ele deve ter também passam por aí e principalmente fazer o uso correto das medicações e a atividade física adequada ao perfil de cada paciente”, explica.

Ainda de acordo com doutor André Brandão, é comum pacientes terem complicações por não seguirem uma dieta correta e chegarem à urgência com quadros de descompensação como a glicemia alterada e associado a isso alterações renais e circulatórias graves, entre outros casos. “Como é uma doença que provoca alterações na circulação, então ocorrem no corpo inteiro, inclusive na visão atingindo a retina”, revela.

Complicações

As complicações são oculares, renais, cardíacas e vasculares, muitas vezes os pacientes chegam descompensados, com evolução clínica e emagrecidos, com membros inferiores e superiores comprometidos e muitas vezes evoluem para a questão da amputação, pois o membro não se torna mais viável.

Para a servidora pública aposentada Maria Auxiliadora Moura, 69, ao saber da doença a rotina de vida dela foi modificada. “Foi um susto muito grande quando descobri a doença, pois gosto muito de comer e doce é minha paixão. Estou com minha visão prejudicada e o médico disse que eu tomasse muito cuidado, por isso, minha vida a gora é mais saudável, com medicação, atividade física e uma alimentação bem saudável. Eu me sinto melhor e não vou negar que é difícil, mas a gente não pode brincar com a diabetes”, revelou.

Existem dois tipos de diabetes, a do tipo 1 que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina e a do tipo 2 que afeta a forma como o corpo processa o açúcar do sangue (glicose). O exame de glicemia do jejum é o primeiro passo para investigar o diabetes e acompanhar a doença. Os valores normais da glicemia do jejum fica entre 70 e 99 mg/dl (miligramas de glicose por decilitros de sangue).

Tratamento

O tratamento para diabetes do tipo 1 requer algumas medidas que vão além da aplicação de insulina para baixar o açúcar no sangue. Alguns médicos solicitam que o paciente inclua também medicamentos via oral em seu tratamento. Já para o diabetes tipo 2 que vem acompanhado de outros problemas, como obesidade e sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados e hipertensão.

Dessa forma, é importante consultar o médico e cuidar também dessas outras doenças e problemas que podem aparecer junto com o diabetes tipo 2.

SES