Em 11 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam cerca de 200 mil parkinsonianos no Brasil. Mais comum em idosos, a doença neurológica afeta diretamente os movimentos da pessoa, com sintomas como tremores e lentidão.

De acordo com o neurocirurgião cooperado Unimed Sergipe, o médico Bruno Fernandes, apesar de o tremor ser o sintoma mais conhecido, não é o único a se apresentar em uma pessoa com a doença de Parkinson.

"Os principais sintomas de Parkinson são os sintomas cardinais, que são quatro: o primeiro é o tremor, que é o mais conhecido. Mas também temos a bradicinesia, que é a lentidão dos movimentos do paciente. Além disso tem a rigidez das articulações e a instabilidade postural, em que o paciente pode ter um desequilíbrio importante", explica Bruno.
 
Apesar da doença estar associada a pacientes mais idosos, o neurocirurgião afirma que é possível diagnosticar o Parkinson em pessoas a partir dos 40 anos, geralmente, causado por fatores hereditários.

"É interessante diferenciar a doença de Parkinson do Parkinsonismo. O parkinsonismo são os sintomas, como o tremor, a rigidez e a lentidão e uma das causas é a doença de Parkinson, mas existem outras causas para o parkinsonismo que não é a doença de Parkinson.  A doença está associada a idosos, embora pessoas a partir dos 40 anos podem ser acometidas. Essas formas que acometem pessoas mais jovens geralmente está associada à formas genéticas e à hereditariedade", ressalta o neurocirurgião.

Degenerativa, a doença de Parkinson provoca a perda de neurônios chamados dopaminérgicos, em uma região cerebral conhecida como substância nigra. A doença é progressiva e não há uma forma de prevenção.

"Não existe cura, porém existe tratamento, que objetiva melhorar a qualidade de vida do paciente. Primariamente, são tratados de maneira medicamentosa, com remédios específicos para Parkinson. Eles apresentam uma melhora considerável no início do tratamento, mas o que ocorre é que a doença degenerativa continua progredindo e, com o tempo, as medicações não são mais suficientes para controlar os sintomas", frisa Bruno.

"Nesses casos, alguns deles acabam sendo candidatos a um tratamento cirúrgico. A cirurgia para Parkinson é o implante do marcapasso cerebral, ou seja, implante do eletrodo de estimulação cerebral profunda. Essa é uma cirurgia que não vai curar, mas visa melhorar a qualidade de vida do paciente", completa o médico.