O mês de setembro traz uma mensagem importante: a doação de órgãos salva vidas. E para incentivar este ato, que ainda é insuficiente no Brasil, a campanha Setembro Verde busca estimular a doação e, principalmente, conscientizar as pessoas sobre todo o processo. 

No Estado de Sergipe, cerca de 990 pessoas esperam, atualmente, por um transplante, sendo que a grande maioria aguarda na fila por um rim, e os demais pacientes esperam por córneas. Os dados são da Central Estadual de Transplantes.

No Hospital Unimed Sergipe, está sendo implementada uma comissão intrahospitalar de doação de órgãos e tecidos para transplante. "Estamos implementando essa comissão, embasados em protocolos clínicos institucionais. A nossa missão é informar a família  e desmistificar o tema. No momento, contamos com protocolos clínicos e exames de imagens para diagnóstico de morte encefálica. Temos uma equipe bem preparada que trabalha em conjunto com a Central de Transplantes do Estado, que acompanha todo o processo", explica o médico intensivista do Hospital Unimed Sergipe, Manoel Pradel.

"Estamos no mês de incentivo à doação de órgãos para conscientização e esclarecimento do tema.  A doação de órgãos é uma oportunidade de um ato de amor para com o próximo. Se você for um doador, avise a sua família", completa o médico.

Setembro Verde

Durante todo o mês de setembro, a campanha Setembro Verde visa estimular a doação de órgãos no país. O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos é comemorado em 27 de setembro e foi instituído em 2014, por meio da Lei nº 15.643. 

A doação pode ser de órgãos, como rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão;  ou de tecidos, como córnea, pele, ossos, medula óssea, entre outros. A doação de órgãos de pessoas falecidas é autorizada somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica, que é a  completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.

"Atualmente, no Brasil, milhares de pessoas aguardam na fila de espera por um órgão e o número de doadores está muito abaixo da real necessidade. Uma das principais causas desse baixo número de doadores está na recusa familiar, tanto por desconhecer todo o processo de doação, como também por motivos religiosos. Então, neste mês, reforçamos que o doador manifeste seu desejo para os seus familiares, porque muitas vezes o transplante é a única alternativa de vida para as pessoas ou até mesmo para melhorar a qualidade de vida", afirma a enfermeira assistencial do Hospital Unimed, Camila Farias de Rezende.