Entenda a diferença entre as condições e saiba a importância do diagnóstico precoce.

No mês dedicado à saúde da mulher, é vital compreender as distinções entre a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM). A SOP, uma das condições ginecológicas mais comuns, afeta entre 6% e 12% das mulheres em idade reprodutiva, conforme estimativas da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva. 

Por outro lado, o TDPM, menos comum, atinge cerca de 3% a 8% das mulheres nesta faixa etária. Este último se caracteriza por sintomas físicos e emocionais intensos que ocorrem na fase lútea do ciclo menstrual e diminuem substancialmente após a menstruação.

A ginecologista obstetra e professora da Universidade Tiradentes (Unit), Dra. Viviane Lima, esclarece que ambas as condições requerem supervisão médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

“A SOP é uma condição relacionada a desequilíbrios hormonais, em particular, os níveis de testosterona nas mulheres. Esta síndrome metabólica se manifesta com sintomas como ausência de ovulação, resultando na ausência de menstruação, além de características como crescimento excessivo de pelos, acne em áreas incomuns e ganho de peso”, alerta.

Já o TDPM possui uma natureza mais neurológica e emocional. A Dra. Viviane enfatiza que os sintomas intensos podem afetar a qualidade de vida, prejudicar o desempenho no trabalho e até induzir sintomas depressivos.

"A TDPM pode ter relação justamente com os sintomas exacerbados e depressivos com sintomas mais neurológicos que ela não consegue render no trabalho, depressão possivelmente e atrapalha totalmente", explica.

Prevenção, diagnóstico e tratamento

Em relação ao diagnóstico da SOP, a Dra. Viviane destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar, que inclui avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem. Contudo, ressalta que cada caso é único, e o tipo de diagnóstico pode variar.

"Diagnóstico da SOP é clínico, laboratorial e de imagem, mas não necessariamente precisa dos três, é possível ter um clínico, laboratório ou imagem. Vai depender muito de cada paciente”, elenca.

O tratamento da SOP abrange uma abordagem holística, envolvendo atividade física regular e uma dieta equilibrada. Além disso, a Dra. Viviane enfatiza a importância do tratamento medicamentoso para regular os desequilíbrios hormonais e a resistência à insulina.

"Os tratamentos são variados, mas é importante realizar atividade física regular e manter uma alimentação não inflamatória. É fundamental também ter um tratamento medicamentoso para regular a resistência à insulina e diminuindo as taxas de níveis de testosterona na mulher”, reforça.

Viviane ressalta que, com o tratamento adequado e a adoção de um estilo de vida saudável, as mulheres podem levar uma vida plena e ativa, mesmo ao lidar com condições como a SOP ou o TDPM. A importância da qualidade de vida, incluindo atividade física regular e uma dieta equilibrada, é destacada como pilares fundamentais para o bem-estar das pacientes.

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