Durante a pandemia, o meio virtual tem sido a alternativa encontrada por diversos ramos para dar continuidade às suas atividades. Na área da saúde não foi diferente. Profissionais e pacientes se adaptam às novas tecnologias e buscam, em alguns casos, substituir a tradicional consulta presencial por um atendimento à distância. Este novo conceito de contato entre médico e paciente já é uma realidade na Unimed Sergipe, que oferta o serviço de teleconsulta aos pacientes do plano Unimed Pleno, plano voltado aos colaboradores da Cooperativa Médica.

A teleconsulta foi uma alternativa encontrada pela Unimed Sergipe para não precisar suspender os atendimentos em fases mais críticas da pandemia. “Iniciamos no ainda no começo da pandemia, primeiro, somente com o atendimentos de Psicologia e funcionou muito bem. Depois, como houve uma dimunição de casos do novo coronavírus, os atendimentos presenciais médicos e nutricionais retornaram e o atendimento psicológico permaneceu, em parte, à distância. Neste momento em que estamos em uma nova onda, optamos por conitnuar com os atendimentos e avançamos na teleconsulta”, explica a médica conveniada Unimed Sergipe e coordenadora do Unimed Pleno, Adriana Arcângelis.

Para diminuir o fluxo de pessoas nas unidades da Unimed e evitar contaminação com o novo coronavírus, primeiro, é realizado uma triagem para saber se a queixa do paciente precisa de um atendimento presencial. Caso seja constatado, pelas enfermeiras responsáveis, que o problema pode ser solucionado com uma avaliação médica, é agenda a teleconsulta.

“Observamos que se tem conseguido resolver boa parte da demanda por teleconsulta. As enfermeiras selecionam parte das pessoas para serem atendidas presencial, porque, em algumas situações, precisa do exame físico. Caso não, agendam a teleconsulta. Muita gente tem dado o feedback positivo de como tem sido cômodo fazer a consulta de casa, então, isso diminui insatisfação com tempo de espera, diminui o absenteísmo e dá um conforto maior ao paciente, que não precisa se deslocar”, garante a médica.

Outra facilidade da teleconsulta é em relação à prescrição de medicamentos. Ao invés de ir até a unidade da Unimed para pegar a receita em papel, o paciente receberá esta receita pelo celular, com um código Qr Code, que pode ser apresentado em qualquer farmácia, mesmo para medicamentos de uso controlado ou antibióticos. O mesmo processo também é realizado para atestados médicos.

Triagem

A triagem é realizada pelas enfermeiras do plano. A consulta pode acontecer por duas vias: por demanda espontânea ou agendada. A agendada acontece com os pacientes que possuem um problema crônico e que precisam de consulta periodicamente. Em relação à demanda espontânea, quando acontece algo inesperado com o paciente, ele entra em contato com a enfermeira, via chamada telefônica ou por Whatsapp, e passa por uma avaliação.

“Esta é uma forma de aliviar a Urgência do Hospital, que está com uma procura muito alta. Todo cliente que apresenta algum sintoma entra em contato com a enfermeira que faz o serviço de triagem e, a depender dessa situação, já direciona. Se for uma síndrome gripal, encaminha para realizar o teste RT-PCR. Se na triagem, a profissional perceber que precisa de uma avaliação presencial, já se agenda uma consulta presencial. Mas tentamos ao máximo resolver via teleconsulta, pois muitas queixas dos pacientes podem ser tratadas desta maneira", detalha a enfermeira coordenadora do Unimed Pleno, Viviane Gomes.

Após o atendimento, seja via teleconsulta ou presencial, entra em cena o telemonitoramento, que tem como objetivo acompanhar a evolução do paciente mediante o tratamento indicado pela médica. “Em 48 horas, entramos em contato e, caso ela tenha iniciado o tratamento e não tenha percebido melhora, a orientação é o retorne para uma nova avaliação medica, seja presencial ou à distância. Acolhimento e acompanhamento é um diferencial. Um atendimento totalmente humanizado não apenas na doença, mas no paciente como um todo. As vezes a queixa dele a gente resolve só com escuta qualificada”, explica a enfermeira do Unimed Pleno, Ana Thais Santana.

Atendimento

A médica Zulma Olmedo conta que a telemedicina não é uma novidade, no entanto, só ganhou destaque diante do isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19. “ Muita gente possui doenças crônicas que precisam dar segmento ao tratamento, porque a vida não é só coronavírus. Tem pessoas diabéticas, hipertensas, asmáticas. Para evitar a exposição, a teleconsulta caiu como uma luva para o momento e conseguimos nos adaptar muito bem”, revela a médica.

Mesmo sendo uma consulta à distância, é necessário que sejam respeitados alguns protocolos, como a privacidade. “O profissional fica no seu consultório, com as portas fechadas, sem mais ninguém, como se fosse uma consulta presencial.  Sempre pedimos o mesmo cuidado para o paciente, que ele esteja em um lugar com privacidade, que não possa ser interrompido, que esteja vestido adequadamente, tudo igual a quando ele vai ao consultório. A consulta é eficiente e segura e mantém o mesmo sigilo de uma consulta presencial. Tudo é registrado no prontuário, se este paciente vier ser atendido presencialmente outro dia, esta consulta estará no prontuário com data e com hora”, afirma Zulma.     

Na teleconsulta realizada pelo Unimed Pleno, prioriza-se o diálogo, que é uma das questões mais importantes da consulta médica. “Quando se trata de consulta tradicional, através da conversa se tira 80% das informações mais importantes para o diagnóstico. O exame físico, muitas vezes, é complementar. Através dessa conversa, as médicas avaliam se essa pessoa precisa examinar ou não. Agora na pandemia, muitos casos têm se resolvido apenas com a conversa, evitando que algumas pessoas cheguem a lotar ainda mais o Pronto Socorro por uma questão que poderia ser resolvida antes”, destaca a médica Adriana Arcângelis.

“A Unimed Pleno tem um diferencial que é a gestão do cuidado pleno. Cada paciente tem uma equipe de referência composta por uma médica e uma enfermeira e qualquer coisa que o colaborador sentir, pode entrar em contato por telefone que elas vão ouvir seu problema e avaliar se você precisa ser atendido naquele momento, se precisa ir direto para a Urgência, se seu atendimento pode ser agendado e se pode ser presencial ou à distância. A teleconsulta veio neste momento de pandemia, mas veio com tudo para ficar. Depois da pandemia, essas situações mais simples que ocorrem, sintomas recorrentes que o médico já conhece, continuarão sendo atendidas à distância”, complementa Adriana.

Fonte: Ascom/Unimed