Durante o Verão, o aumento da temperatura aliado à umidade, que é intensificada com a maior transpiração, banhos mais frequentes, ida a piscinas e ao mar, favorecem o aparecimento de micoses: lesões causadas por fungos, que podem acometer a pele, as unhas e o couro cabeludo.

A médica dermatologista Vanessa Rocha, cooperada da Unimed Sergipe, explica que a umidade serve como abrigo para os fungos, que se desenvolvem mais rapidamente e melhor em ambientes quentes e úmidos. Por isso o aumento da incidência no período do verão.

Segundo a especialista, as micoses podem ser classificadas como superficiais, que são as mais comuns, ou profundas, que acometem, principalmente, pessoas com grave deficiência imunológica. “Os principais sinais e sintomas são as lesões na pele, geralmente arredondadas, com bordas, eritematosas ou descamativas, acompanhadas ou não de prurido ou coceira”, detalha Vanessa.

As micoses mais comuns são a pitiríase versicolor, mais conhecida como pano branco; as tíneas corporis ou impinges; as tineas pedis, popularmente conhecidas como frieira. “As doenças das unhas, as onicomicoses, e do couro cabeludo, como a tinea capitis, também merecem destaque nos climas quentes”, informa a dermatologista.

Tratamento e prevenção

O controle das micoses superficiais é tópico, com a aplicação de antimicóticos receitados pelo médico. Nos casos mais profundos e resistentes, é necessário o tratamento sistêmico, com medicações via oral. “Quando há inflamação, dor local, presença de pus, precisa ser feito também a antibioticoterapia. Em caso de prurido intenso, utiliza-se anti-histamínicos, para alívio dos sintomas e evitar a disseminação por inoculação traumática de certos tipos de microorganismos”, destaca Vanessa.

A prevenção é a melhor forma de combater as micoses, por isso é necessário adotar algumas medidas para evitar o contágio: manter a pele sempre limpa e seca, enxugando bem o corpo após o banho de mar, de piscina ou de chuveiro; não andar descalço em academias e clubes; não compartilhar roupas, toalhas ou utensílios de uso pessoal; preferir peças de roupa leves, de algodão; evitar meias escuras, úmidas, sapatos abafados ou que favoreçam a transpiração dos pés.

Além dessas recomendações, a médica dermatologista orienta que é importante prestar atenção aos animais de estimação, pois eles também podem contrair doenças fúngicas e transmiti-las aos cuidadores. Na manicure, observar se os instrumentos estão sendo bem esterilizaDos ou, de preferência, ter um kit próprio.  Logo após os banhos, hidratar a pele, pois um bom hidratante pode ser um forte aliado na manutenção da barreira cutânea.

“Caso surja alguma lesão na pele, é importante procurar imediatamente um dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Ele é o profissional habilitado para cuidar da saúde da sua pele e orientar sobre o tratamento adequado”, reforça Vanessa.