Mais uma história teve um final feliz por conta da ação dos bombeiros. Na tarde da última quarta-feira, dia 29, uma família adentrou o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, na rua Siriri, Centro de Aracaju, em desespero com um bebê de dez meses em parada respiratória. Depois dos primeiros socorros realizados pelos militares, a criança voltou a respirar e foi encaminhada ao hospital na ambulância da corporação.
Segundo o pai, Claiton Cardoso, a família estava nas imediações do centro da cidade quando a criança teve uma convulsão, por conta da febre. “Ela começou a revirar os olhos, ter espasmos, ficou sem respirar, roxinha. Um rapaz viu nosso desespero e se dispôs a nos levar. Populares disseram para levar para o bombeiro e nós fomos”, disse.
A mãe, Luciana Bomfim, conta como foi a chegada no quartel. “A gente chegou gritando. Eu estava em pânico com minha outra filha de 11 anos. Foram momentos de terror. Os bombeiros fizeram os procedimentos e ela e foi voltando a cor, um alívio. Foi o que salvou minha filha. Coma ajuda de imediato foi que ela voltou a reagir. Eu pensei que tinha perdido ela. Eu só tenho a agradecer, que Deus os abençoe, porque senão fossem eles eu não sabia o que fazer”, recordou.
O pai da menina lembra ainda que os cuidados dos bombeiros foram além do atendimento da criança. “Teve ainda o acolhimento da família. Minha esposa e minha enteada estavam desesperadas. Enquanto uma equipe estava com a minha bebê, outra equipe estava acalmando as duas. Isso fez muita diferença, com certeza. Eu só tenho a agradecer do fundo do meu coração o atendimento e o suporte que eles deram”, afirmou.
“Nós identificamos que ela estava sem respirar, com as extremidades cianóticas (arroxeadas). Realizamos todos os procedimentos e ela voltou a respirar, começou a tossir, abriu o olho”, contou a sargento Roberta Amora, que participou desse atendimento inicial.
A sargento Márcia Adriana, que estava saindo do quartel após o seu expediente administrativo, viu a situação e auxiliou os colegas no atendimento. “A gente se envolve. A satisfação de ter feito algo assim não tem preço. A missão foi cumprida e o resultado não podia ter sido melhor”, contou.
A ambulância do Corpo de Bombeiros, que estava numa prevenção, foi acionada chegando logo na sequência e fez a condução para hospital. “Colocamos ela dentro da ambulância e fomos verificando os sinais vitais durante o caminho. Respiração, pulso, fizemos alguns estímulos. Chegamos rápido ao hospital que era próximo, entramos direto enquanto o pai fazia a ficha e passamos para o médico toda a situação”, explicou a sargento Gilvaneide de Oliveira.
Orientações sobre convulsões: os sinais para que seja identificada uma convulsão são movimentos oculares rápidos, secreção na boca e espasmos. “Diante desse quadro, os primeiros socorros indicados são lateralizar a pessoa, seja criança ou adulto, para evitar a obstrução das vias aéreas por conta da secreção e proteger a cabeça. Abrir a boca no sentido de retirar esse excesso de secreção, de saliva. Depois que passar a convulsão, verificar respiração e pulso. Olhar nariz e boca para ver se nada está obstruindo, olhar para o peito e barriga para ver se há movimento respiratório. E se a criança respira, o coração está batendo. Depois é seguir para o hospital”, concluiu a sargento Márcia.
SSP