Com o objetivo de proteger e preservar os mananciais de Sergipe do contato com a substância oleosa identificada nas praias nordestinas nas últimas semanas, a Centrais Elétricas do Sergipe (Celse) instalou, nesta quinta-feira (10), 200 metros de barreiras absorventes (boias) no Rio Sergipe, na região da Barra dos Coqueiros.

O trabalho de contenção faz parte das medidas do decreto de emergência referentes às ações previstas no Plano de Emergência Individual (PEI), encaminhado às empresas parceiras. “Hoje, apareceram manchas nas proximidades da Barra dos Coqueiros, de imediato a Celse, atendendo a PEI, colocou as boias de contenção. A previsão é que essa ação aconteça também em outros rios de Sergipe”, explicou o presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), Gilvan Dias, acrescentando que as barreiras podem ser instaladas, ainda, em trechos de manguezais sergipanos.

Trabalho conjunto

Na última segunda-feira (07), o Gabinete de Crise, criado pelo Governo do Estado, passou a acionar os órgãos e empresas que possuem expertise na área para a contenção e prevenção da contaminação dos rios sergipanos. As barreiras que vêm sendo instaladas têm a intenção de evitar que a substância oleosa adentre os rios de Sergipe, a exemplo do Vaza Barris, Sergipe, São Francisco, Japaratuba, Rio Real, muitos dos quais são responsáveis, também, pelo abastecimento humano.

O Governo de Sergipe continua monitorando o surgimento de petróleo cru na costa sergipana. Quatro equipes do órgão ambiental do Governo de Sergipe se revezam na fiscalização e levantamento dos danos causados pelo desastre ambiental que já se configura como o maior dessa natureza ocorrido no Nordeste.

Em todas as praias do Litoral Sul, a substância oleosa continua, mesmo após o recolhimento do material tanto pela Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Emsurb quanto pelas equipes da Petrobras nas demais praias do estado. Em Aracaju, as praias mais atingidas são a Coroa do Meio e o Viral. Já no interior, a Praia da Caueira, em Itaporanga D'ajuda, foi a mais prejudicada.
 

ASN