Ele é considerado uma referência em Sergipe no atendimento de intoxicações e acidentes com animais peçonhentos. O Centro de Informação e Investigação Toxicológica (Ciatox) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), gerenciado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou somente em janeiro deste ano, 234 atendimentos a vítimas por intoxicação envolvendo escorpiões nas unidades hospitalares do Huse, Nestor Piva e Fernando Franco. De acordo com o gerente do Ciatox no Huse, João Francisco dos Santos, alerta quanto aos cuidados para evitar a presença desses animais peçonhentos.

“O ambiente da casa e também a área externa precisa estar limpo sem acúmulo de sujeira, especialmente de madeiras amontoadas e entulhos. Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas, lixo domiciliar, telhas. Acondicionar o lixo doméstico em sacos plásticos ou outros recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos, que servem de alimento aos escorpiões. Buracos no teto que ligam com a parte externa também precisam de cuidados, como os espaços onde são colocados as lâmpadas ou ventiladores de teto. Outra consideração importante é que todos os acessos à rede de esgoto deve ser bloqueada,  pois é dali que eles sobem, o ralo do banheiro deve estar tampado quando não estiver tomando banho”, explicou João Francisco.

Por se tratar de um animal com hábitos noturnos e se movimentar com muita velocidade, pode subir em paredes e, portanto, uma das primeiras recomendações é afastar as camas das paredes e não deixar objetos no chão, inclusive sapatos. Vale lembrar que o grande perigo do escorpião é quando acidentalmente ele é pisado ou tocado.

Vale lembrar que algumas dicas são importantes para que o tratamento seja eficiente. Se a vítima foi picada por animais peçonhentos, o ideal é que o animal seja capturado e levado em um frasco para que o médico veja qual o procedimento adequado com a vítima. Isso ajuda na precisão do diagnóstico. Deve ser feita a soroterapia específica preconizado para os acidentes moderados e graves, pois vai inibir a ação do veneno naquele local já que ele age no sistema circulatório e nervoso. Então, quanto mais rápida for feita essa soroterapia, se terá um prognóstico melhor para a vítima.

O Ciatox funciona há 16 anos no Huse e conta com uma equipe multidisciplinar de médicos, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. O Ciatox faz parte da Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat), coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Vale lembrar que em qualquer ocasião por intoxicação, a vítima deve procurar o hospital mais próximo para atendimento e precisão no diagnóstico, ou entrar em contato gratuitamente com o Ciatox pelo telefone 0800-722-6001 para qualquer orientação. O contato é gratuito e deve ser imediato, além do 0800, o Ciatox disponibiliza o telefone (79) 3216-2677.