Nesta terça-feira, 17, um motocilcista colidiu na traseira de um veículo de passeio que estava parado por falta de gasolina na Avenida Paulo VI, entre o Conjunto Augusto Franco e o Bairro Inácio Barbosa. Possivelmente, o erro básico provocado pelo motorista do carro pode ter provocado a morte de Egnaldo Santos Bomfim, 47 anos. Um homem que estava na garupa da moto foi encaminhado para o Hospital de Urgência (Huse) com ferimentos. Já no município de Carira outro acidente envolvendo colisão entre motocicleta e automóvel matou um condutor e garupa. 

A Companhia de Trânsito da Polícia Militar alerta para o problema que envolve a falta de procedimentos básicos entre os condutores de veículos, como a ausência de sinalização em situações em que carros quebram ou há falta de combustível, alta velocidade e não utilização do cinto de segurança. É a 25a morte no trânsito de Aracaju em 2019, 16 dos casos envolvendo motociclistas. 

Segundo o comandante da CPTran, capitão Aldevan Silveira, cuidados básicos são necessários para evitar acidentes graves. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias, é preciso mais atenção ainda para circular de forma segura, com os documentos em dia e com o veículo em ordem. Os erros mais comuns são excesso de velocidade, embriaguez ao volante e uso de celular”, afirmou. 

Apesar dos acidentes recentes, o capitão lembra que Aracaju e Porto Velho foram as únicas capitais do Brasil que atingiram a meta da Organização das Nações Unidas (ONU), na redução em 50% em acidentes com vítimas fatais no trânsito. De acordo com o comandante, a meta atingida é fruto de um trabalho educativo que acontece todos os meses em integração com a Polícia Rodoviária Federal e Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito.

Na última ação educativa, 70 motociclistas foram abordados, destes dezesseis apresentaram irregularidades. Nesse caso, os condutores não foram autuados, mas receberam orientações importantes. 

Álcool e trânsito -  Um dado recente e inédito, revelado no início de dezembro pelo laboratório de toxicologia da Secretaria de Segurança Pública (SSP), é alarmante: de 202 condutores de veículos que morreram em 2019 no trânsito de Sergipe, 113 estavam sob efeito de álcool, ou seja, 56% das amostras analisadas pelos peritos do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF) tinham ingerido alguma dose de álcool suficiente para provocar um acidente.

A maioria esmagadora dos casos aconteceu entre homens: 108 eventos, 93,5% das ocorrências. Apenas 6,5% eram mulheres. Das 202 ocorrências, 178 aconteceram em cidades do interior de Sergipe, o que revela outra situação bem nítida: a grande quantidade de mortes envolvendo motociclistas.

No laboratório de toxicologia de Sergipe, cerca de 60% dos casos recebidos estão relacionados com os acidentes de trânsito com vítimas fatais. O laboratório de toxicologia tem a responsabilidade de analisar o material biológico, geralmente amostra de sangue, urina e ocasionalmente de humor vítreo [líquido gelatinoso que as pessoas têm no globo ocular].

SSP