Para combater a dengue, zika e chikungunya, uma estratégia clara é fundamental: eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão dessas doenças. Em Aracaju, as equipes da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) trabalham de segunda a sábado em três linhas de atuação com esse objetivo.

Diariamente, os agentes de combate a endemias fazem visitas domiciliares, além da ação de bloqueio de transmissão e mutirões realizados em conjunto com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).

A maioria dos criadouros encontram-se dentro das casas dos moradores e não em vias públicas ou espaços abandonados. De acordo com dados da SMS, 67% dos focos estão nas lavanderias, caixas d’água e tonéis. Em segundo lugar, vêm os vasos de plantas, ralos e vasos sanitários em desuso com 29%. Só então aparecem garrafas, tampinhas e resíduos sólidos, que correspondem a 3% dos focos.

Em virtude disso, o gerente do Programa Municipal de Controle do Aedes aegypti, Jefferson Santana, ressalta a importância de a população atuar em parceria com a administração municipal. “A população também deve fazer a sua parte. Só o poder público não alcança toda a cidade, são as pessoas que estão lá morando todos os dias em casa. Pelo menos uma vez na semana dá uma olhada no quintal para verificar se não tem nada acumulando água, porque gera um problema.”

Neste ano, por conta da pandemia, houve aumento dos registros de focos do mosquito também em outros locais, como explica Jefferson. “Esse ano foi bem interessante que, por conta da Covid-19, as crianças não foram para as escolas, ficaram em casa. Então, a gente viu um volume muito grande de brinquedos espalhados nos quintais das pessoas. Esses brinquedos e depósitos jogados no quintal acabam acumulando muita água e gerando foco dos mosquitos.”

Atuação municipal
Quando a Secretaria de Saúde recebe a notificação de um caso de dengue, zika ou chikungunya, é feito um bloqueio na região, inclusive com a aplicação de fumacê costal, a fim de evitar que outros moradores da localidade se infectem.

“A gente entende que se alguém adoeceu naquela região, é possível que exista um foco de transmissão do mosquito ali. Então, nós levamos as equipes daquele bairro para essa região do caso, fazemos um cinturão em torno de uns 300 metros e realizamos esse trabalho, de preferência, na mesma semana que chega a notificação”, explica Jefferson Santana.

A Prefeitura também atua com os mutirões realizados todos os finais de semana nos bairros de Aracaju. Nessas ações, as equipes da SMS atuam em parceria com a Emsurb, que faz a limpeza de terrenos e o recolhimento de resíduos sólidos por meio do Cata-treco.

Segundo o gerente do programa municipal, essa atuação da Prefeitura tem dando resultado. “Isso tem surtido um grande efeito. Quando fazemos um mutirão no bairro, percebemos que logo em seguida, na semana seguinte, há um impacto positivo ali no que diz respeito a infestação pelo Aedes aegypti", ressalta Jeferson.