Para detalhar a obra de recuperação do corredor Hermes Fontes, cuja ordem de serviço foi assinada na quarta-feira, 4, pelo prefeito Edvaldo Nogueira, a Prefeitura de Aracaju reuniu os secretários municipais Sérgio Ferrari, da Infraestrutura, e Alan Lemos, do Meio Ambiente, e do superintendente municipal de Transportes e Trânsito, Renato Telles, uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, 6.
Cada um dos gestores explicou as intervenções da obra nas respectivas áreas, mostrando em que consiste o projeto, etapas de execução, alternativas de tráfego necessárias e também as ações de compensação ambiental.
Segundo Sérgio Ferrari, que também preside a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), a obra conclui o Projeto de Mobilidade Urbana de Aracaju, que planejou alterações nos principais eixos viários da cidade para criar os corredores Beira Mar, Centro/Jardins, Augusto Franco e Hermes Fontes.
“Dos quatro, esse corredor é o mais complicado, porque não é apenas recapear, tirar asfalto velho e colocar asfalto novo. Ele apresenta características diferentes, a começar pelas vias estreitas, sem possibilidade de ampliação; além das tubulações de mais de 80 anos que passam por ali, de várias concessionárias, como de água, energia e telefonia”, explica Sérgio Ferrari.
Por causa dessa complexidade, a obra demandou bastante planejamento e soluções específicas. “Trouxemos inovações, como o corredor de transporte público no meio da avenida, invertendo a circulação; além de lombofaixas, com elevação da pista, que permitirão a travessia em segurança e a garantia de acessibilidade aos cadeirantes”, revela Ferrari.
“É uma obra grandiosa, que vai da avenida Barão de Maruim até a praça do conjunto Orlando Dantas, trecho com bastante dificuldade de circulação”, completa o secretário. Outro aspecto abordado foi o paisagismo a ser adotado na obra, que demandará supressão de árvores ao longo do corredor, tema detalhado pelo secretário Alan Lemos.
“O projeto já especifica a necessidade de compensação ambiental, que será feita num volume superior, pois serão plantadas mais de duas árvores para cada uma que será suprimida”, assegura o secretário. De acordo com ele, o corredor contém cerca de 600 árvores, que, além de já estarem em idade avançada, não são de espécies adequadas para a finalidade.
“A maioria dessas árvores pertence às espécies Mata fome, Coqueiro e Ficus, que, como todos podem ver na avenida, causam problemas estruturais significativos”, esclarece. Por isso, a compensação será feita com novas espécies, a exemplo de ipês amarelo e roxo, pitangueiras, sibipirunas e jacarandás. “São espécies nativas, que têm um crescimento melhor, com copa alta e que vão promover uma requalificação da arborização na capital”, ressalta Alan.
O secretário também destacou que o plantio de árvores no entorno da avenida será imediato. “Na próxima semana, já faremos o plantio de 40 mudas na avenida Edelzio Vieira de Melo, por exemplo. As demais árvores serão colocadas a depender do andamento da obra, pois pretendemos reaproveitar algumas delas e replantá-las”, acrescenta.
Trânsito
Toda a obra começará com a substituição da tubulação de água. Para isso, os bloqueios e desvios no trânsito se farão necessários, medida explicada com propriedade pelo superintendente Renato Telles. “O trecho ficará em mão e contra mão pela mesma via, mas haverá sinalização e agentes orientando para as rotas alternativas a fim de minimizar os impactos, que são inevitáveis”, afirma.
De acordo com o superintende da SMTT, o trabalho de divulgação de informações já está sendo feito desde o meio desta semana, junto a moradores e comerciantes, que estão sendo alertados das alterações no tráfego a partir da próxima segunda-feira, 9.
Para Renato, o diferencial desse corredor será a prioridade para o transporte público, que possibilitará uma fluidez maior do trânsito. “Os usuários de ônibus terão percursos cerca de 20 minutos menores”, estima. Além disso, segundo Renato, serão 16 paradas de ônibus ao longo da extensão do corredor, com as lombofaixas instaladas nos principais cruzamentos, o que dará segurança também para os pedestres.
A obra tem previsão de duração de 180 dias úteis e, nesse período, os serviços serão realizados das 5h às 17h, com bloqueios temporários ao longo dos trechos a depender do andamento da execução.
PMA