Desde o início da atual gestão, a Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), vem investindo e priorizando a participação de grupos de quadrilhas nos eventos juninos da capital, fortalecendo essa importante manifestação da cultura sergipana. O apoio vem, não apenas na inclusão desses grupos nos festejos, mas também por meio do incentivo financeiro.

Em toda a programação do Forró Caju 2024 não será diferente. Aracajuanos e turistas terão a oportunidade de, mais uma vez, curtir a magia dos grupos de quadrilha sergipanos em diversas apresentações. As primeiras foram realizadas no dia 31 de maio, com a apresentação da Quadrilha Junina Século XX, nos Festejos Juninos da Rua de São João, uma parceria entre a Prefeitura de Aracaju e o Centro Social e Cultural São João de Deus. Ainda dentro da programação deste evento, será realizado o tradicional concurso de quadrilhas juninas da Rua São João, popularmente conhecido como “Maracanã das Quadrilhas”.

O presidente da Funcaju, Luciano Correia, lembra que, após o período da pandemia, a partir do retorno dos eventos presenciais, a Prefeitura passou a inserir as apresentações de quadrilha na programação do Forró Caju, especificamente no palco Gerson Filho.

“Há anos as quadrilhas vinham perdendo força, mas com o investimento que a Prefeitura de Aracaju tem feito, esse quadro se reverteu muito. As quadrilhas são atrações que mobilizam bastante o público e encantam a juventude”, destaca.

Segundo Luciano Correia, em Aracaju existem cerca de 10 grupos de quadrilha junina para competição, e a gestão está dando apoio a todas elas, “seja no apoio direto, ou através da execução de emendas parlamentares, que é outra oportunidade que têm sido criada, com o apoio dos vereadores que fizeram indicações dirigidas a quadrilhas juninas, e cuja execução também passa pela Funcaju”.

Outro momento importante é o Circular Junino, evento em que acontecem as apresentações receptivas para turistas e visitantes de outros estados, e até mesmo do interior de Sergipe, que chegam nos pontos de entrada da cidade, como aeroporto, rodoviárias, mercados centrais e Feira do Turista. Esses locais recebem as apresentações de grupos de pé de serra e quadrilhas, sejam completos ou com o casal de quadrilheiros.

“Essa é uma outra forma também de, não apenas promover a nossa cultura, mas também de divulgar e fazer circular esses trabalhos artísticos, e sobretudo, de levar um fomento, um apoio direto, um incentivo financeiro para que esses grupos continuem existindo”, explicou Luciano Correia.

Ainda dentro da programação do Forró Caju, será realizado o São João na Praça, de 10 a 21 de junho, na praça General Valadão, em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE). Além de diversas atrações, o evento contará com o "Concurso de Quadrilhas Juninas Seu Menino”, promovido pelo Serviço Social do Comércio (Sesc).

Cultura e economia

A inserção de grupos de quadrilha na programação dos eventos juninos, além de fomentar a cultura local, também movimenta a economia da cidade. Além de atrair turistas para a capital, interessados em conhecer melhor as características da cultura, os eventos também atingem uma boa parcela do comércio.

“As quadrilhas movimentam toda uma cadeia de lojas e fornecedores envolvidos na produção de indumentárias, calçados, chapéus, instrumentos musicais, e de artistas que se apresentam. Como fruto da sofisticação das coreografias e o refinamento das indumentárias, temos hoje que as fantasias representam uma boa soma de recursos”, disse Luciano Correia.

O servidor público Cristiano Dias, de 37 anos, faz parte do movimento junino de maneira profissional há 25 anos. Ele é diretor e componente da Quadrilha Junina Século XX, e fundador do Grupo Cacimba Nova, que participa da Marinete do Forró. Para ele, o incentivo da gestão municipal é de suma importância ao fomento e manutenção das quadrilhas juninas.

“Nos últimos anos a Prefeitura de Aracaju vem dando um grande apoio e inserindo as quadrilhas juninas em toda a sua programação. Além de ser um apoio financeiro, que é o que o movimento das quadrilhas juninas mais precisam, consequentemente os grupos também passam a ter mais visibilidade, porque aparecem na mídia, nos pontos turísticos, e divulgam o seu trabalho”, afirmou.