Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (24) no Ministério Público de Sergipe (MPSE), a Delegacia Especial de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância (DEACHRI), vinculada ao Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), apresentou a conclusão da investigação sobre o caso de racismo em uma loja do Centro de Aracaju. Duas funcionárias foram indiciadas pelo crime de racismo.
De acordo com a delegada Meire Mansuet, os indícios coletados na investigação apontam para a ocorrência do crime de racismo. “Duas funcionárias foram indiciadas pela prática do crime de racismo. O inquérito policial foi encaminhado à justiça, onde elas responderão judicialmente pela prática desse crime”, enfatizou.
Conforme a delegada, também houve reunião no Ministério Público para discussão de políticas públicas de enfrentamento ao racismo. “Principalmente nas lojas do comércio do estado de Sergipe para que esse tipo de crime não venha ocorrer, porque estamos recebendo muitas denúncias de pessoas que estão sendo observadas nas lojas”, citou.
O promotor de justiça Fausto Valois, da Coordenadoria de Promoção de Igualdade Ética, destacou que o objetivo da reunião foi trazer a reflexão dos movimentos acerca do que eles percebem em torno do caso registrado na loja do Centro de Aracaju. “E também em relação a quais providências serão adotadas para que esses casos não voltem a ocorrer”, disse.
Segundo o promotor, é preciso ter mecanismos que não exponham as pessoas a situações como a que ocorreu no Centro de Aracaju. “E não se colocar uma pessoa que goza da presunção de inocência para que depois se descubra que não aconteceu nenhum crime. É preciso ter responsabilidade e os fatos devem ser levados à investigação”, comentou.
Racismo
Meire Mansuet relembrou que o crime de racismo ocorre quando a pessoa é discriminada pela cor da pele e etnia. “Então essa pessoa sofre alguma atitude discriminatória em relação à cor da sua pele, como ocorreu no caso dessas duas mulheres dentro de uma loja no Centro de Aracaju”, pontuou.