Na manhã desta quinta-feira, 21, a Prefeitura de Aracaju deu início ao atendimento de pacientes com covid-19 no Hospital de Campanha Cleovansóstenes Pereira Aguiar. A construção dessa unidade foi uma das medidas adotadas pela administração para ampliar a capacidade de atendimento da rede municipal e evitar o colapso do sistema saúde da capital em decorrência do aumento de casos da doença na cidade.
Oficialmente, o hospital foi entregue no sábado, dia 16, e a partir desta quinta passa a receber os primeiros pacientes. Dos 152 leitos, 52 serão destinados aos casos suspeitos da doença, caso os 20 leitos instalados no Caps Jael já estejam totalmente ocupados.
A secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, pontuou, no entanto, que, neste primeiro momento, apenas 60 leitos estão disponíveis por conta do quantitativo de profissionais.
“No que se refere à estrutura, os 152 leitos estão montados e prontos, mas, para que eles possam ser assistidos, é preciso profissionais. A Secretaria Municipal da Saúde lançou mão de diversas estratégias para a rede, como o adiantamento do PSS, por exemplo, e, especificamente para o Hospital de Campanha, abrimos um chamamento público. Deste chamamento, fechamos as vagas para técnicos em enfermagem [170 profissionais] e fisioterapeutas [47], mas ainda precisamos preencher as vagas dos profissionais médicos porque, até o momento, só temos 70% da capacidade. Por isso, à medida que esses profissionais forem atendendo ao chamamento, mais leitos serão abertos”, explica Waneska.
A equipe responsável por atender aos aracajuanos é composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, assistentes sociais e técnicos de enfermagem. Todos os profissionais contratados estão sendo capacitados para abordagem, identificação, manejo clínico e tratamento de pacientes com covid-19, conforme Protocolo do Ministério da Saúde. Além disso, com disponibilidade suficiente de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), a Saúde de Aracaju também assegura esse insumo a todos os seus profissionais.
Um dos profissionais que está atuando no hospital é a enfermeira Greicy Mabelly Melo Lessa. Para ela, ter a oportunidade de atuar no local é uma oportunidade única.
“É uma experiência totalmente nova. Acredito que todos que irão trabalhar nesse hospital têm uma missão a cumprir. É uma situação nova e, por mais que tenhamos experiência na saúde, a covid-19 é uma doença ainda desconhecida, com efeitos diferentes em cada pessoa e isso vai exigir dos profissionais um foco ainda maior. Por isso, a capacitação foi muito importante para que pudéssemos ampliar nosso conhecimento”, analisou Greicy.
A fisioterapeuta Laura Lima também está nessa linha de frente. “Percebo uma equipe muito harmônica, principalmente por conta do treinamento, e isso é essencial para que possamos atender melhor os pacientes e dar uma resposta mais rápida a eventuais situações que possam surgir. A fisioterapia tem um papel importante na questão da respiração, mas, a união da equipe, o auxílio entre os profissionais vai contar muito para o trabalho e assistência a esses pacientes”, pontuou Laura.
A estrutura
O espaço conta com contêineres, nos quais estão instaladas três salas para DML; duas salas de utilidade; um necrotério, duas salas para paramentação; dois vestiários; quatro banheiros para funcionários; seis salas para descarte de paramentação; 12 banheiros para pacientes; e uma sala para abrigo de resíduos comum e infectante.
Toda a estrutura interna do hospital é climatizada e, além dos leitos, conta com seis postos de enfermagem; seis salas para prescrição médica; seis salas de enfermagem; seis salas para armazenamento de roupas limpas e seis para sujas; seis salas de equipamentos; seis farmácias satélite; uma sala de administração; uma sala de reunião; um laboratório, uma copa e um refeitório; três salas de descanso; uma sala de informática e dois almoxarifados, sendo um para farmácia e um para equipamentos.
Porta de entrada
O hospital de campanha da capital se soma às demais unidades de saúde da rede municipal que já realizam o monitoramento e tratamento dos pacientes com sintomas de síndromes gripais, e que são as portas de entrada para essa unidade recém construída pela Prefeitura de Aracaju no Estádio João Hora de Oliveira -as oito Unidades Básicas de Saúde (UBS) referências e os hospitais de Urgência e Emergência (Fernando Franco e Nestor Piva).
PMA