uperlotação e resolutividade. Diariamente o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) vive essa realidade no maior Pronto Socorro do Estado. Durante o final de semana (período de 6 a 8 de dezembro), o impacto no atendimento foi sentido pelos 508 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que buscaram assistência durante o final de semana com feriado. Desse total, 118 pessoas precisaram ficar internados para novos procedimentos, reavaliação médica ou em observação. Isso acontece porque o Huse acaba recebendo pacientes com demanda ambulatorial e que deveriam ser direcionados para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e Rede Básica de Saúde.

O superintendente do Huse, Darcy Tavares, explica que o hospital é porta aberta e que o grande problema é o fator surpresa, pois o Huse está preparado enquanto hospital de urgência para atender urgências e até mesmo catástrofes, mas a grande questão é que o hospital não para de receber uma demanda alta de pacientes com baixa complexidade.

“Temos todo um planejamento e uma estrutura para prestar nosso serviço. Com essa situação, a gente necessita de um aporte maior de material, medicamento, planejamento. Uma demanda desse tipo pode comprometer o fluxo dos nossos pacientes, os que são da nossa competência e obrigação de fazer”, explicou o superintendente.

No Huse, existe um modelo de assistência aos usuários que prioriza o atendimento aos pacientes de acordo com a gravidade de cada caso, é o atendimento com classificação de risco, baseado no Protocolo de Manchester.

A Sala de Sutura e a Ortopedia totalizaram 204 usuários do SUS atendidos. Os consultórios do Otorrino e Oftalmo registraram 38 atendimentos no total. Já os ambulatórios de Oncologia e Retorno fecharam o final de semana com 13 atendimentos no geral. O Hospital Pediátrico Drº José Machado de Souza, localizado no Huse, registrou 51 atendimentos aos pequenos pacientes.

Foram registrados também 12 vítimas por acidente automobilístico, 37 vítimas por acidente motociclístico, uma vítima por arma branca, três vítimas por arma de fogo, além de 42 vítimas por queda, 12 com sintomas de febre, 32 com dor abdominal, entre outros diagnósticos que na maioria foram de baixa complexidade. A coordenadora do pronto Socorro, Débora Feitosa, aproveitou para fazer um alerta aos usuários do SUS, principalmente pela proximidade das festas de final de ano.

“Estamos atendendo uma demanda que muitas vezes extrapolam as nossas expectativas. Nesse final de semana com feriado, nós tivemos um Pronto Socorro movimentado e é importante chamar a atenção das pessoas para que brinquem as festas de natal e reveillon com muito cuidado e responsabilidade. Teremos uma escala diferenciada de trabalho durante essas festas de fim de ano, mas, o próprio usuário é maior responsável para que tudo ocorra bem”, concluiu a coordenadora do Pronto Socorro do Huse.

SES