As perspectivas para sua nova gestão e a necessidade de facilitar o processo de abertura e manutenção de negócios em todo o Estado, não apenas em Aracaju, serão, na visão do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe, Marco Pinheiro, o meio de um processo de expansão e interiorização, inserir os debates empresariais em nível municipal para garantir a construção de políticas públicas para o crescimento econômico.
Segundo o presidente da ACESE, a união entre o setor produtivo constitui numa força para construir um ambiente de desenvolvimento social e econômico. "É importante incentivar o associativismo para que o empresário entenda a sua importância na construção de políticas que fomentem o crescimento econômico", explicou Pinheiro, que aponta o excesso de burocracias e ausência de mecanismos de fomento à economia como entraves para micro e pequenos empreendedores, e acredita que o debate deve ser feito não apenas em nível nacional e estadual, mas também junto a prefeituras e Câmaras de Vereadores.
De acordo com Pinheiro, a proposta é uma questão de posição. "O lado que emprega não tem lado A nem lado B, pois o melhor programa de governo é a geração de emprego. O que não podemos é nos furtar e deixar que nossa realidade, com milhares de desempregados e tantos outros no mercado informal. É isso que temos que resolver", afirmou. "Todos precisam trabalhar e como criaremos uma realidade para o cidadão que precisa ser ajudado?", questionou.
A necessidade de reestruturar empresas e regularizar a situação fiscal também é defendida para garantir a sustentabilidade da teia de negócios no Estado. Para isso, durante reunião na Fecomércio-SE, a ACESE defendeu um mecanismo para garantir a empresas sua regularização e reestruturação, da mesma forma que existe um programa voltado ao desenvolvimento.
"Sugeri ao deputado federal Laércio Oliveira a levar para o Governador a criação de um mecanismo de defesa e reestruturação de empresas, para que tenhamos um mecanismo a quem recorrer para regularizar as empresas que precisar. São mais de 92 mil empresas com CNPJ ativos e sua grande maioria são micro e pequenos empresários que precisam de uma discussão para facilitar essa burocracia, presente em todo o Estado", afirmou Pinheiro, entendendo que não é possível se abster a um tema que fere diversos tipos de negócio. "Nós precisamos entender que é preciso achar a solução para os problemas que interferem o desenvolvimento", concluiu.
Marcos Rodrigues Meneses
Foto: assessoria