Foi deflagrada a Operação Download, na manhã desta quarta-feira (19). A ação, deflagrada pela Delegacia Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima (Deacav), vinculada ao Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol) e da Polícia Científica, cumpriu dois mandados de busca e apreensão referentes à investigação sobre o armazenamento de conteúdo de pedofilia. Os mandados foram cumpridos nos bairros Cidade Nova e Farolândia, em Aracaju.

De acordo com a delegada Josefa Valéria, da Deacav, as investigações tiveram início há cerca de um ano. “Hoje estamos dando cumprimento ao mandado de busca e apreensão de celulares, computadores e todo o material que possa ter o armazenamento de pornografia infantil”, detalhou.

Conforme a delegada, a apuração policial identificou que os investigados adquiriam as imagens que possuíam conteúdo de pedofilia. “A informação é de que eles compravam essas imagens e também repassavam e divulgavam com o oferecimento dessas crianças para pedofilia”, acrescentou Josefa Valéria.

O diretor do Instituto de Criminalística, vinculado à Polícia Científica, Luciano Homem, explicou que participaram da operação quatro peritos para dar apoio à ação da Polícia Civil. “No local, foram feitas análises tanto de equipamentos eletrônicos, como de pen drives, hds e celulares. O material foi apreendido e encaminhado ao Laboratório de Computação Forense para análise mais detalhada em busca desse material”, revelou.  



O delegado Ronaldo Marinho explicou que todo o comportamento relacionado à sexualidade com criança e adolescente é restrito pelo Direito Penal. “Não somente praticar o ato, mas também adquirir, transmitir, compartilhar e adquirir qualquer conteúdo com cenas de sexo ou de nudez de uma criança”, explicou.     

Conforme o delegado, as penas por esse crime podem chegar a 16 anos de prisão. “Geralmente, é punido não somente quem armazena, mas também quem produz. Nós temos técnicas de investigação que permitem a identificação da origem daquelas imagens e identificar quem as produziu”, acrescentou.

Ronaldo Marinho ressaltou ainda que não foram identificadas vítimas de Sergipe. “São imagens e vídeos produzidos em várias partes do mundo. Essas imagens são divulgadas e vendidas em redes sociais. Não conseguimos identificar nenhuma pessoa de Sergipe sendo vítima dessa exploração sexual”, reiterou.  

A operação foi nomeada como Download pelo fato da investigação apurar o armazenamento de imagens com conteúdo de pornografia.