Diante das imagens que repercutiram nas redes sociais e na imprensa sergipana nesta quinta-feira, 6, a respeito de várias pessoas pulando catracas de ônibus do transporte público na cidade de Aracaju, a Delegacia Geral da Polícia Civil de Sergipe está solicitando formalmente as imagens ao Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), para investigar o ocorrido.
A ação registrada pelas câmeras dos ônibus, além de trazer prejuízo às empresas concessionárias do transporte público da Grande Aracaju, algo estimado em R$ 400 mil por mês, é citada no artigo 176, do Código Penal, que prevê como fraude: tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento.
Segundo o Setransp, são registrados mais de 2 mil pulos de catraca registrados por dia. Ao não pagar pela passagem, o passageiro está utilizando o serviço de forma indevida, o que equivale a um furto. A pena pode chegar a dois meses de detenção.
Para se ter uma ideia dos prejuízos do setor, apenas na madrugada desta quarta-feira (5), durante a Operação Corujão, foram contabilizados em duas viagens da linha exclusiva da Eduardo Gomes e Tijuquinha Via Tancredo Neves, 30 pulos de catraca. Já em duas viagens, da linha M. Freire II/ Piabeta e Albano Franco, 65 pessoas não pagaram a tarifa e utilizaram o serviço pulando a catraca.
O delegado-geral Thiago Leandro determinou o início dos trabalhos, visando a apuração dos danos registrados nos vídeos divulgados nesta quinta e a responsabilização dos envolvidos. Inclusive, como as ações foram cometidas por várias pessoas juntas, a Polícia Civil informa que os atos podem configurar como associação criminosa.
E, caso fique comprovada ameaça, fato citado em algumas das ações, pode configurar roubo ou extorsão. Informações sobre o caso podem ser enviadas pelo Disque-Denúncia da Polícia Civil, no telefone 181, frisando que a identidade do denunciante será preservada.