Circulou no último final de semana, em grupos de whatsapp, imagens de caranguejos que teriam sido servidos em um restaurante na Orla de Aracaju com substância semelhante a petróleo. A informação não revelou qual o estabelecimento que serviu o crustáceo e até o momento nenhum cliente se manifestou publicamente.
Por conta disso, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Augusto Carvalho questiona a veracidade da informação. Ele procurou a delegacia de crimes cibernéticos e pediu apuração. "Nós decidimos procurar a polícia porque na sexta e no sábado ninguém sabia do fato. A forma como as fotos foram postadas parecia fake news. Então, nada melhor que a polícia para investigar. Se foi fake news, que os culpados sejam responsabilizados", disse.
De acordo com o presidente da Abrasel, a divulgação pode trazer prejuízo sendo não só para o turismo, mas para toda a cadeia que depende do caranguejo. "Se a população começa a ter dúvidas se o peixe, o caranguejo, a lambreta ou a ostra, ou seja, tudo que venha do mar, está poluído, ninguém vai vender no mercado, as pessoas não vão consumir nos restaurantes e assim sucessivamente. Como é uma cadeia, o dinheiro deixa de circular e todo mundo vai perder", afirmou.
Para ele, a forma como as machas de óleo vem sendo tratadas aqui no Estado vem prejudicando bastante o turismo. "Quanto mais notícias negativas que estão postando, como praias poluídas com manchas, que muitas vezes não são em Sergipe, e alimentos que estão impróprios, se o turista não pode tomar banho e nem consumir, quem vai querer vir pra cá?", questionou Augusto.
Na manhã desta terça, Augusto Carvalho será recebido pelo secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy. Segundo ele, o objetivo é esclarecer a verdade. "O que nós queremos é a verdade. Até o momento não se tem notícia de alguém que tenha sido intoxicação por causa do óleo", frisou.