O sonho da conquista da casa própria pelos moradores do Residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres, localizado no bairro 17 de Março, está cada vez mais próximo. Com o objetivo de garantir uma moradia digna e qualidade de vida à população que residia naquela localidade, os profissionais da Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria da Assistência Social, trabalham desde 2019 no atendimento e acompanhamento das famílias.
Desde o cadastramento, em 2019, e a retirada dessas famílias, em 2020, é realizado um processo de acolhimento pelas equipes da Assistência Social, que ocorre também durante todo o período que corresponde à construção das unidades habitacionais. As famílias foram inseridas no Auxílio Moradia e tiveram acompanhamento do Projeto de Trabalho Social (PTS), que desenvolve diversas ações nos eixos de mobilização, organização e fortalecimento social, educação ambiental e patrimonial e desenvolvimento socioeconômico, a exemplo de oficinas, cursos de capacitação profissional, workshops, palestras e eventos culturais e esportivos.
A secretária municipal da Assistência Social de Aracaju, Rosária Rabêlo, esteve à frente de todo o processo de cadastramento, realocação, atendimento e acompanhamento dessas famílias, e destaca que o Residencial Mangabeiras Irmã Dulce dos Pobres é um legado que ficará marcado como uma das maiores obras sociais que a Prefeitura de Aracaju entrega à população.
“Quem acompanhou em quais condições essas famílias viviam para onde elas estarão morando, uma casa organizada, um conjunto habitacional todo estruturado, é de uma alegria imensa, não só para essas famílias, mas para o poder público em si também, porque você está trazendo dignidade para essas famílias, dignidade para o ser humano. Eles terão, efetivamente, um espaço de convivência com as outras famílias, mantendo o sentimento de pertencimento, que eu digo sempre, é fundamental para o ser humano”, afirmou.
Dando andamento ao processo de acompanhamento dessas famílias, a Diretoria de Gestão Social da Habitação da Assistência Social está realizando o sorteio das unidades habitacionais para as 1.320 famílias beneficiárias. O processo segue até o dia 29 de maio, e a partir dele, as famílias têm acesso ao endereço da sua residência. Uma etapa que garante a essas pessoas que o sonho está próximo de ser realizado.
“É um momento de muita alegria não só pra mim, mas para todos os trabalhadores da Assistência Social que participaram desse processo. Nós acompanhamos desde o cadastramento dessas famílias, do momento da desocupação, que foi um momento tenso em determinados momentos. Estávamos no meio de uma pandemia e muitos moradores tinham a vontade de sair daquela situação, mas também havia a incerteza se voltariam para as Mangabeiras, porque naquele local eles já tinham uma história, vínculos, pertencimento e vizinhança”, explica a diretora de Gestão Social da Habitação, Yolanda de Oliveira.
“Estamos fazendo a entrega do endereço de cada morador, quase um momento de culminância, de um projeto que foi gestado pelo prefeito de fazer aquela desocupação e dar uma moradia digna para essas pessoas. Mesmo sabendo que a gente também estava correndo risco, os trabalhadores da assistência não se furtaram em estar naquele momento; foi um momento muito forte e de muitas emoções”, relembra a gestora.
A técnica de referência do Projeto de Trabalho Social (PTS) do Residencial Mangabeiras, Geisa Lima, conta que o sentimento das equipes é semelhante ao que os moradores estão sentindo ao ver a concretização de um sonho.
“A casa própria é um dos sonhos mais pertinentes da humanidade e, principalmente, da população que atendemos, uma população de maior vulnerabilidade social. Para nós, é a melhor parte que existe, desde a elaboração do projeto, termo de referência, licitação, a gente para cadastrar a família, fazer desocupação, conversar família a família, cada uma com sua história de vida e agora podemos ver eles sorteando o número da casa, e logo em seguida vem o choro de emoção. Para nós é muito gratificante, porque isso fecha com chave de ouro todo o processo que fizemos e todo o aparato que tivemos para chegar até a família”, detalhou Geisa.
Responsável pela folha de pagamento do Auxílio Moradia, Priscila Brasil esteve no processo de cadastramento das famílias, bem como no momento de realocação. Ela detalha a expectativa dos moradores a cada etapa superada para o sorteio das casas.
“Estamos desde o início fazendo parte desse processo e a cada passo que a Prefeitura dava, víamos no olhar de cada beneficiário, o brilho, a esperança real de ter a casa própria. Cada ação que fazíamos, era como se eles estivessem realmente cada vez mais próximos desse sonho e, hoje, estamos vendo realmente que eles estão vindo e deixando para trás uma certa insegurança. Hoje eles têm a certeza de que realmente vão receber a casa própria. Ver essa felicidade, participar de todo esse processo, ver todo o cuidado que a Prefeitura tem com os beneficiários, é bastante gratificante”, enfatizou Priscila.
Foto: Mateus Souza