Novo levantamento do Monitor da Violência, do Portal G1, mostra a manutenção da queda dos crimes violentos no país. Em Sergipe, o mês de agosto atingiu o menor índice de criminalidade do ano, segundo o levantamento feito pelo G1, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Núcleo de Estudos da Violência da USP. O mês de agosto, em Sergipe, fechou com uma média de 1.49 morte por dia. Já no ano passado, a taxa foi de 3.20 casos de mortes por dia, segundo o mesmo levantamento.
A tendência de queda nos homicídios foi antecipada pelo G1 no balanço dos dois primeiros meses do ano, que apresentaram redução de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, e no balanço das mortes violentas de 2018, que teve a maior queda dos últimos 11 anos da série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com 13%.
Sergipe é um dos estados com a maior redução no ano. Os especialistas apontam que houve uma reestruturação em Departamentos especializados importantes, como homicídios, narcóticos e setor de inteligência; operação ostensivas em locais e horários estratégicos, uma maior articulação entre as forças policiais, contratação de novos policiais militares, civis e peritos e a definição das ações com base em dados estatísticos.
Outro ponto fundamental em Sergipe é o equilíbrio do sistema prisional. Com a última fuga das unidades prisionais do estado tendo ocorrido em 26 de fevereiro de 2017, já são quase mil dias sem qualquer ocorrência, o que impacta diretamente no comportamento da criminalidade nas ruas do estado.
Segundo o comandante da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, são várias ferramentas envolvidas, mas é um trabalho contínuo o próprio acompanhamento da mancha criminal, bem como colocar o policiamento de forma inteligente e eficiente. “Nós tivemos investimento no nosso material humano e esse material nas ruas tem dado uma resposta. A equipe gestora é uma peça na engrenagem, mas todos os setores envolvidos são importantes para que os números estejam cada vez melhores, frisou o coronel Marcony Cabral.
A delegada-geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, reforçou que tem sido feito um trabalho integrado entre as forças de segurança e, com estudo semanal e o suporte da estatística, é que tem feito Sergipe alcançar números mais baixos. “Hoje a gente conta com uma redução que se traduz em vidas salvas”, frisou Katarina.
ASN