O governador Belivaldo Chagas inaugurou no final de novembro, o Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF). Nele, já funcionam laboratórios importantes para os trabalhos em todo o processo penal. Há muito tempo pensado para Sergipe, finalmente o estado conta com o laboratório de DNA, cujos trabalhos funcionam ao lado dos laboratórios de toxicologia, química e biologia, todos no IAPF. O investimento no IAPF foi superior a R$ 4,2 milhões.
Antes realizado em outros estados, os exames de DNA serão feitos agora em Sergipe e diminuirão espera de famílias. A diretora do IAPF, Auxiliadora Bitencourt, era a responsável por reunir as amostras e viajar para Salvador, Maceió e Recife a fim de obter resultados sobre a identificação de pessoas mortas. “Era um custo alto com passagens, diárias, o valor junto aos laboratórios. Hoje faremos tudo isso em poucos dias, dentro do nosso laboratório”, explicou Auxiliadora.
Sergipe também já está integrado à Rede de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, justamente por montar seu próprio laboratório de DNA. A meta do Ministério de coletar 65 mil perfis genéticos de criminosos condenados em 2019 foi superada, alcançando a marca de 67 mil. Em coletiva de imprensa realizada no último dia 5/12, o ministro Sérgio Moro ressaltou o crescimento do Banco Nacional de Perfis Genéticos, e destacou a importância do esforço conjunto do governo federal e governos estaduais na coleta de perfis genéticos de criminosos em todo o Brasil.
O Banco de Perfis Genéticos é uma rede integrada com os vários estados. Segundo o ministro, com dados dos condenados, há boas chances de resoluções de crimes quando há um macth. “Para se ter uma ideia, no início desse ano tinham 7 mil perfis genéticos coletados da população carcerária e, agora, nós temos 67 mil. Estabelecemos uma meta no ano de 65 mil e ela já foi ultrapassada. A ideia é que, antes até do final do governo do presidente Jair Bolsonaro, nós tenhamos um Banco completo”, explicou o ministro.
Dos 67 mil perfis coletados, 55 mil já estão cadastrados no banco de dados. Um dos aspectos que tornou essa conquista possível foi a inauguração de laboratórios em estados brasileiros que não contavam com essa estrutura. “Hoje, todos os estados brasileiros têm um laboratório de DNA em funcionamento. Isso é fruto, principalmente, dessa integração com as secretárias estaduais de Segurança Pública”, afirmou Guilherme Jaques, que estará em Aracaju no início de janeiro para acompanhar a implementação do laboratório de DNA.
Agência Brasil