A Prefeitura de Aracaju tem contado com o uso de aeronaves remotamente pilotadas, mais conhecidas como drones, para dar suporte a diversas ações, dentre as quais, a de mapeamento aéreo georreferenciado, elaboração de plantas topográficas, identificação e mapeamento de áreas de risco e levantamento de focos de proliferação do Aedes aegypti.

Embora pareça uma tecnologia simples, o uso seguro e responsável desses equipamentos requer a adoção de uma série de protocolos de segurança. Para cumpri-los, os servidores municipais têm participado de capacitações para operar o equipamento e, assim, atender a todos os protocolos necessários, inclusive com certificados de operação de drones.

Segundo o secretário municipal da Defesa Social e Cidadania (Semdec), Luiz Fernando Almeida, os operadores já passaram por três capacitações: uma inicial, feita pela Associação Brasileira de Aeronave Remotamente Tripulada, com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da qual participaram apenas membros da Defesa Civil Municipal.

Depois, com a aquisição do drone feita pela Defesa Civil, ocorreu um segundo treinamento com a mesma Associação, que foi aberta também para membros da Guarda Municipal e da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT). “O terceiro foi fruto de uma doação que a Guarda recebeu de uma empresa civil que também deu a capacitação para o manuseio”, revela Luiz Fernando.

Além do treinamento técnico, há também a questão da teoria, da legislação em si, que determina, entre outras coisas, a distância mínima para que não se coloque em risco nem quem está operando nem as pessoas que estão em volta.

 “O próprio drone tem dispositivos de segurança. Por exemplo, ao se aproximar da parede, ele para, evitando a colisão; quando está no limite de bateria em relação à distância da base, automaticamente ele retorna, sem que o piloto comande”, afirma. O secretário assegura que, além da preocupação com a segurança em si, os operadores também observam critério éticos.

“A capacidade da câmera dele é muito grande e uma pessoa inescrupulosa pode usar para invadir o apartamento de alguém, vigiar a vida de alguém, por exemplo. A gente monitora isso com muito rigor, respeitando a ética e dando ao aparelho a finalidade a que se destina”, assegura.

Utilização

Esses dois drones – um adquirido e um doado – estão à disposição da Prefeitura e podem ser utilizados por quaisquer Secretarias. “Eles têm sido muito úteis para o levantamento de áreas de risco pela Defesa Civil, na operação de combate ao Aedes aegypti, para localizar focos de água parada, como piscinas abandonadas. Serve para a Guarda levantar áreas antes de operações, evitando o risco do fator surpresa por já saber o que vai encontrar”, reforça.

Para o secretário, a utilização dos drones atende à visão do prefeito Edvaldo Nogueira de tornar Aracaju uma cidade humana, criativa e inteligente. “É criativa por usar algo novo e inteligente porque a tecnologia traz facilidade para o dia a dia”, analisa Luiz Fernando.

Nos próximos meses, ocorrerá um novo curso, mais avançado, com a Guarda Municipal. “O curso de perseguição com uso do drone vai permitir que o motorista dirija enquanto o copiloto vai pilotando o drone, que, com a câmera, já vai mostrando o que a equipe encontrará no local, evitando surpresas como confrontos em um local que tem civis e inocentes”, revela Luiz Fernando.

Fonte e foto assessoria