Conheça mecanismos para se proteger na internet

Reutilizar a mesma senha em diferentes contas digitais é um erro comum que pode comprometer seriamente a segurança do usuário. A prática facilita o trabalho de cibercriminosos, que podem invadir várias plataformas caso uma senha seja vazada ou descoberta. Para minimizar esse risco, é essencial alterar as credenciais de acesso regularmente, reduzindo o tempo em que as contas ficam vulneráveis.
O coordenador dos cursos de Tecnologia da UNINASSAU Aracaju, Cícero Gonçalves, alerta sobre os perigos dessa prática e compartilha dicas essenciais para aumentar a segurança na internet. “Trocar as senhas eletrônicas periodicamente é importante para minimizar o risco de acessos não autorizados, especialmente caso uma senha seja comprometida sem que o usuário perceba. Mudanças regulares limitam o tempo em que um invasor pode explorar uma senha vazada. Além disso, isso ajuda a proteger contas em situações de brechas de segurança, garantindo maior controle sobre a segurança digital”, explica 

Qual é o intervalo ideal para alterar as credenciais de acesso?  

“Embora não haja um período exato para todas as situações, recomenda-se que as senhas sejam alteradas a cada três a seis meses, especialmente em contas sensíveis, como bancárias, de e-mail e redes sociais. Caso haja qualquer suspeita de comprometimento, a troca deve ser imediata, sem esperar o ciclo habitual”, orienta Cicero.
O que deve levar em consideração ao escolher uma senha?  

O ideal é que a senha tenha, no mínimo, 12 caracteres e combine letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais. “Quanto maior e mais complexa a senha, melhor”, destaca Cícero. Além disso, cada conta deve ter uma senha única. “Evite informações pessoais óbvias, como nome, endereço ou data de nascimento, pois esses dados são fáceis de serem descobertos por criminosos”, acrescenta.

Quais os mecanismos que podem ser utilizados?  

Cícero explica que existem alguns mecanismos digitais que favorecem a proteção de senhas. A autenticação de dois fatores (2FA) é uma camada extra de segurança, exigindo um código adicional enviado ao celular ou e-mail do usuário. “Os gerenciadores de senhas são outra solução eficaz, pois armazenam e organizam senhas complexas e únicas para cada conta, facilitando sua criação e uso seguro. Além disso, a verificação biométrica, como impressões digitais ou reconhecimento facial, pode ser usada para acessar contas de forma mais protegida”, finaliza.

Caso suspeite que suas credenciais foram comprometidas, o usuário deve: alterar imediatamente a senha das contas afetadas; notificar o provedor de serviços (bancos, plataformas ou redes sociais) sobre a possível fraude; monitorar a atividade das contas para identificar transações ou acessos suspeitos; denunciar o incidente às autoridades competentes, caso necessário; e solicitar o bloqueio de cartões ou contas bancárias se houver indícios de uso indevido de informações sensíveis.