No sertão de Sergipe, em Canindé de São Francisco, a produtora Liliane Souza olha para o resultado da sua produção com orgulho, lembra do longo caminho que foi saltar de 5 quilos para 160 quilos de queijos por dia e de como essa conquista traduz sua persistência e busca por conhecimento.

Liliane é uma representante de todos aqueles que produzem alimentos no Brasil e que comemoram, nesta sexta (28), o Dia do Produtor Rural.

Em 2005, quando começou na atividade, Liliane e o marido compravam leite de um vizinho e produziam um único tipo de queijo, o coalho. “Era como se eu trabalhasse de olhos fechados, o negócio não evoluía, não tinha noção se estava dando lucro, não sabia o peso exato dos queijos, e faltava uma visão empreendedora”, diz a produtora.

Quinze anos depois, em 2020, chegou a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar e a situação começou a mudar. “A partir do momento que passei a ser assistida pela técnica Gladslene Góes, percebi que era importante trabalhar com a mente, além das mãos. Ela me ajudou na implantação do gerenciamento da propriedade e aí tudo começou a melhorar”.

Liliane lembra das dificuldades que tinha até de avaliar criteriosamente a qualidade dos insumos. “Com a ATeG, adquirimos conhecimento e esse desafio foi superado. Além da qualidade, conseguimos obter mais lucro a partir da melhoria da qualidade dos produtos.”

Uma das primeiras conquistas foi a troca da prensa de madeira por uma de inox. Para atualizar seus conhecimentos, Liliane participou de cursos e de capacitações do Senar/SE. Com mais informação, ela pode escolher e comprar novos utensílios e equipamentos adequados.

“O maior ganho com a ATeG foi o conhecimento que a técnica nos passou. Conhecimento não tem dinheiro que pague” diz Liliane lembrando de como o Senar foi fundamental para a evolução, “pra gente trabalhar sem prejuízo”.

Com o aumento da renda, além de investir no próprio negócio, ela trocou de carro e também comprou uma moto para ajudar nos serviços, para a compra de insumos e para a venda do produto.

Com o crescimento da produção, Liliane e o marido, com a colaboração de um sobrinho, diversificaram a produção da queijaria Santa Terezinha que, atualmente, conta até com queijos temperados. Para o futuro, o plano já está definido: a construção da agroindústria.

A história de Liliane faz parte da série de 10 matérias que serão divulgadas até dezembro de 2023 para celebrar os 10 anos da ATeG do Senar.

Para saber mais sobre a ATeG do Senar, acesse: https://cnabrasil.org.br/assistencia-tecnica-e-gerencial

Assessoria de Comunicação CNA

Foto: Samara Fagundes