O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), com o apoio da Marinha, identificou que as duas embarcações apreendidas no povoado Terra Caída, em Indiaroba, são do Estado do Pará e que teriam vindo do Suriname, país da América do Sul que faz fronteira com o Brasil. A carga, avaliada em torno de R$ 10 milhões, foi apreendida na manhã dessa segunda-feira (17), em ação integrada entre a Polícia CIvil e o 11º Batalhão da Polícia Militar (11º BPM). A logística de transporte do material apreendido para o Cope durou cerca de 24 horas. Ao todo, a carga continha cerca de 1,8 milhão de carteiras de cigarro, chegando a um peso de 50 toneladas.
O diretor do Cope, delegado Dernival Eloi, explicou que a operação foi deflagrada após o recebimento de informações sobre a chegada das embarcações em solo sergipano. “Já havíamos recebido a informação de que essas embarcações rotineiramente realizavam o desembarque de cigarros clandestinos em Sergipe. No domingo à noite, recebemos uma nova informação e fomos ao local e, com o apoio do 11º BPM, realizamos uma incursão na localidade onde estaria sendo feito o desembarque”, detalhou.
Após o controle da situação, as equipes fizeram a vistoria nas embarcações, resultando na localização da carga de cigarros contrabandeada ao Brasil. “Dois caminhões já se encontravam carregados e saindo do local. Acreditamos que alguma parte da mercadoria já havia sido retirada da localidade. Alguns tripulantes foram identificados, já que tinham documentos no interior da embarcação, e um foi preso”, acrescentou o diretor do Cope, Dernival Eloi.
As equipes também acionaram a Marinha, que contribuiu para a identificação da origem das embarcações, conforme mencionou o delegado. “Ambas são do Estado do Pará. Ao que apuramos, essas embarcações vieram do Suriname. A viagem teria durado cerca de 20 dias. A mercadoria seria distribuída tanto para Sergipe, quanto para os estados vizinhos. A logística para condução de todo esse material apreendido para o complexo durou cerca de 24 horas, contando desde o início da abordagem até a sede da unidade”, informou.
Dernival Eloi relembrou que os cigarros contrabandeados geram prejuízos não só para a economia nacional, mas também para a saúde. “É um crime grave que também causa um prejuízo muito forte na economia, tendo em vista que esses cigarros ingressam sem o pagamento de qualquer tipo de imposto. Além do malefício que esses produtos fazem à saúde do usuário. São produtos com altos níveis de substâncias cancerígenas que são consumidas indiscrinadamente”, pontuou.