O grupo de trabalho multidisciplinar, criado para a elaboração do projeto "Rota da Farinha", composto por técnicos da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), dos municípios de Campo do Brito, Macambira e São Domingos, realizaram mais uma etapa de estudos ‘in loco’ para a identificação dos atrativos e dos pontos de interesse existentes nas áreas naturais que irão compor o roteiro turístico. Após esta fase, será criado um documento com orientações, como por exemplo, adequações técnicas e estruturais, sugeridas para que o roteiro seja viabilizado como turismo ecológico, rural, gastronômico e de base comunitária.
Foram visitados atrativos naturais, compostos por trilhas, serras e cachoeiras que já desempenham atividades turísticas na região. Também estão sendo identificados potenciais empreendimentos hoteleiros, que podem atuar como um instrumento que potencializará a viabilização da atividade turística na Rota da Farinha, a exemplo da Fazenda Modelo, em Macambira, um local que dispõe de estrutura para abrigar um hotel fazenda e oferecer aconchego e tranquilidade ao turista.
De acordo com o secretário de Estado do Turismo, Sales Neto, o projeto possui um caráter participativo, em que a Setur cumpre o papel de incentivar o compromisso mútuo dos municípios envolvidos, das comunidades locais, empresários e entidades, estimulando a inclusão social, a preservação dos valores ambientais e da cultura local.
“Para o reconhecimento, desenvolvimento, qualificação, comercialização e execução da “Rota da Farinha” em Sergipe, faz-se necessário que diferentes atores sociais e econômicos estejam dispostos a cooperarem na perspectiva de colaboração e ganhos mútuos, através de parcerias. E para o alcance desse objetivo é importante, também, a compreensão e reconhecimento das potencialidades da região e dos atrativos naturais e culturais, com a finalidade de facilitar o desenvolvimento social e econômico regional, vinculados à preservação ambiental. Assim, avalio que as visitas in loco que estão sendo realizadas por diversos técnicos do setor, são de suma importância nesta fase do projeto”, afirmou o secretário.
Entre os locais que também foram visitados estão a Pedra da Arara e a Cachoeira de Macambira, que leva o nome do município e foi reconhecida pela Assembleia Legislativa de Sergipe como patrimônio cultural imaterial de Sergipe. Já em São Domingos, a equipe visitou a Serra da Miaba, a terceira mais alta do estado, que apresenta uma trilha de aproximadamente oito quilômetros, do povoado Tapera ao Poço de 17. Foi visitada, também, a Cachoeira do Saboeiro, que fica em Lagarto, mas, muito visitada por turistas que acessam o local por São Domingos.
Para o técnico e guia de turismo especializado em atrativos naturais, Elias Silva, a região congrega a produção cultural da farinha de mandioca e a Serra da Miaba, que já possui diversos atrativos naturais, elementos que se incluídos na Rota da Farinha, vão potencializá-la.
“A Rota da Farinha tem potencial para se transformar em referência para o estado e pode projetar Sergipe a nível nacional. Este poderá ser o primeiro roteiro estruturado, planejado e com regras pautadas no fomento da conservação da biodiversidade, baseado na sustentabilidade e seguindo os preceitos do ecoturismo, do turismo cultural e de base comunitária, colocando as comunidades locais como protagonistas da atividade de visitação, promovendo a inclusão econômica e social, ao mesmo tempo em que valoriza o modo de vida dessas populações”, enfatizou Elias Silva.
A identificação dos atrativos turísticos e dos pontos de interesses existentes nas áreas naturais dos municípios é realizada por técnicos da Secretaria de Estado do Turismo e dos municípios de Campo do Brito, São Domingos e Macambira, representados pelo grupo de trabalho formado pelo diretor de Cultura e Turismo de Campo do Brito, Daniel Alves; pelo secretário de Cultura e Turismo de Macambira, Ita Anderson; pelo diretor de Esporte e Turismo de São Domingos, Saulo Vinicius; pelo diretor de Cultura de São Domingos, Geroaldo Santana; e pelo geógrafo Lusef Pereira. Participam, também, as turismólogas da Setur, Waleska Carvalho e Raquel Melo; além da engenheira ambiental Thassia Luiza e o técnico e guia de turismo, especializado em atrativos naturais, Elias Silva.