Imagens que causaram indignação e viralizaram em todo o país: uma gata é colocada dentro de um pote pendurado por uma corda, que depois é quebrado por um homem com um pedaço de madeira.
O 'quebra potes' foi divulgado como parte da Festa da Fogueira Gigante, promovida pela prefeitura de Cumbe. Assim que o pote é quebrado, a gata cai e pessoas, entre elas crianças, se aglomeram para pegar os objetos e doces, enquanto outras perseguem o animal.
Segundo o delegado Flávio Albuquerque, da Delegacia de Cumbe e a Delegacia Especial de Proteção Animal e Meio Ambiente (Depama), o organizador do evento ofereceu R$ 20,00 para quem conseguisse capturar o animal.
A Polícia Civil de Sergipe informou nesta terça-feira, 15, que o tutor da gata, o organizador do evento e a irmã do dono do animal foram indiciados por maus-tratos. As oitivas ocorreram nesta segunda-feira, 15.
De acordo com o delegado Wanderson Bastos, responsável pela investigação, a festividade transcorreu de forma tranquila até que, na brincadeira de quebra de um pote, identificou-se a presença de um gato. “Nesse contexto, o gato estava trancado, sem luz e sem oxigênio. Após o objeto ser atingido, o gato caiu e foi perseguido”, descreveu.
Ainda segundo o delegado, desde 1998 há legislação que pune condutas ilícitas contra animais, sejam eles silvestres ou domésticos. “A lei recebeu uma alteração que estabelece que maus-tratos contra animais é crime punido com pena de dois a cinco anos. Se houver morte, a pena é aumentada”, contextualizou o delegado.