O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri) deflagrou a Operação Fraude Imobiliária no âmbito da investigação sobre vendas de imóveis por pessoas que não eram as proprietárias dos bens. O prejuízo é estimado em R$ 2 milhões. Como resultado da operação, três investigados foram presos por atuarem no esquema que também envolvia a fraude de procurações. A operação ocorreu em Sergipe e Alagoas, contando com o apoio da Divisão de Inteligência (Dipol), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic/AL). A ação policial ocorreu nessa terça-feira (11).

De acordo com a delegada Lauana Guedes, a investigação teve início a partir do registro de boletins de ocorrência que comunicavam a venda de imóveis sem consentimento dos proprietários. “Além de outros casos envolvendo negociações de casas e terrenos, onde havia apenas um pagamento de um sinal”, iniciou.

Conforme a delegada, o Depatri detectou que um grupo criminoso estava atuando de modo fraudulento. “Tentando passar a ideia de um mero descumprimento contratual ao efetuar pagamentos mínimos dos negócios, além de fraudar procurações públicas lavradas em cartórios passando-se como proprietários desses imóveis”, detalhou.

Ainda segundo Lauana Guedes, quando os compradores iam aos cartórios para lavratura de escrituras públicas, eram surpreendidos com a informação de que os imóveis pertenciam a terceiros. “Ainda assim, o grupo criminoso conseguia convencer essas vítimas a realizar um novo contrato também fraudulento”, revelou.

A delegada acrescentou que, com isso, o grupo conseguia convencer as vítimas a entregar mais dinheiro. “Ou seja, o grupo criminoso com seu poder de convencimento, conseguia ludibriar as vítimas e ficava com essa quantia elevada. O prejuízo aproximado das vítimas é de R$ 2 milhões”, complementou.

Lauana Guedes informou ainda que apenas um dos presos não possuía antecedentes criminais. “Dois são de Sergipe e um de Alagoas. E as vítimas eram do estado de Sergipe. Não apenas os compradores foram enganados, mas os proprietários, que tinham a surpresa de ver seus bens negociados ilegalmente”, mencionou.

A delegada concluiu destacando também que, provavelmente, os imóveis estavam sendo expostos à venda. “E a partir dos dados do imovel, eles conseguiam fraudar procurações públicas. A investigação foi concluída, e estamos na fase de relatório final do procedimento para o encaminhamento à Justiça”, finalizou Lauana Guedes.