O comércio varejista ampliado sergipano, conforme estudos preliminares da assessoria executiva do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, estava com perspectivas de enceramento do exercício do ano de 2020 na faixa dos -3%, finalizando o ano com queda nas vendas. O resultado divulgado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgado pelo IBGE na manhã desta quarta-feira (10), confirmou a expectativa da Fecomércio. De acordo com a PMC, o comércio varejista ampliado local fechou o ano de 2020 com -3,1% no volume de vendas dos estabelecimentos comerciais do varejo sergipano, incluso o comércio de materiais de construção e veículos. A receita das empresas fechou o ano com elevação de 1%.

O comportamento do comércio em Sergipe apresentou grande instabilidade, com depressão ao longo do primeiro semestre de 2020, chegando a atingir queda de -29,9% das vendas em abril. A situação foi preocupante para as empresas do setor, porque estavam de portas fechadas, devido às consequências da pandemia da COVID-19 no estado. Durante os quatro meses de fechamento das atividades econômicas, a ausência de vendas prejudicou a sustentabilidade das lojas e colocou em sério risco o ciclo econômico. Entretanto, com a reabertura, a situação das empresas apresentou melhorias gradativas, com crescimento surpreendente nas vendas. O que levou à recuperação das perdas gerais. Laércio Oliveira, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac comentou o resultado anual e destacou que o comércio mostrou sua força quando a economia mais precisava, na reabertura das lojas.

“Vivemos um ano turbulento, complicado e desafiador. Todas as empresas, incondicionalmente, sofreram com a pandemia, sentindo um grande impacto em suas vendas. Enfrentamos muitas dificuldades e isso criou uma espiral decrescente que ficou fora de controle por mais de 120 dias. Foi difícil para os empresários suportarem isso, mantendo os empregos das pessoas e tentando fazer seus negócios sobreviverem. Mas com a reabertura das lojas, a adoção das medidas de segurança para que as empresas trabalhassem de acordo combatendo a transmissão do coronavírus e isso trouxe os consumidores de volta às compras. Desde agosto que estamos em uma crescente de vendas extraordinária. O que amenizou os problemas do primeiro semestre, tanto que o resultado anual foi o que esperávamos, de acordo com nossos estudos técnicos. 2020 foi um ano de sofrimento para todos, mas de superação e vitória para o comércio”, disse Laércio Oliveira.

Os números de dezembro da PMC apresentaram um crescimento considerável diante do mesmo mês de 2019, com elevação de +8,1% no volume de vendas e de +14,7% na receita nominal apurada pelos estabelecimentos comerciais. Laércio lembra que a recuperação da atividade econômica está diretamente ligada ao crescimento dos postos de trabalho para as pessoas e elevação da renda dos sergipanos.

“Desde que voltamos a funcionar, os empregos do estado se recuperaram em grande parte, diante dos que haviam sido perdidos e a renda das famílias também aumentou. Esses são sinais que mostram que as empresas podem funcionar normalmente, pois a taxa de transmissão e mortes da doença não chegaram aos níveis de quando o comércio estava fechado, os postos de trabalho passaram a ser recuperados e as pessoas movimentando as lojas, elevaram a circulação de riquezas nas famílias, em forma de salários e compras de bens de consumo, o que acelerou a roda da economia e ajudou a amenizar um problema social que a pandemia também provocou que foi o desemprego dos sergipanos. Teremos um ano de 2021 com melhores resultados, essa é nossa perspectiva”, finalizou Laércio Oliveira.

Na modalidade restrita, o comércio varejista apresentou redução anual de -3,7%, com variação positiva de +0,7% na receita nominal das empresas. Em dezembro de 2020 relação ao mesmo período de 2019, as vendas oscilaram em -0,1% e a receita cresceu em +7,5%.

Fonte: Fecomércio