Foi realizada, nesta segunda-feira (27), a Audiência Pública com o tema ‘Zoneamento Territorial e os Rumos do Desenvolvimento Sergipano’. Foi debatido o zoneamento como forma de atrair empresas para geração empregos com planejamento de infraestrutura e logística entre território e pessoas do estado, tratando inclusive de importação e exportação de produtos.
O Complexo Portuário foi instituído pela Lei N°8.569/2019 com os municípios de Barra dos Coqueiros, Capela, Carmópolis, General Maynard, Japaratuba, Laranjeiras, Maruim, Pirambu, Rosário do Catete e Santo Amaro das Brotas. Esta é uma área com mais de 175 mil habitantes, que gera cerca de 20 mil empregos formais.
A autoria da propositura é do presidente da Comissão de Obras Públicas, Desenvolvimento Urbano, Transportes e Turismo, deputado Adailton Martins. Ele explicou que é preciso avançar com o tema para gerar melhorias para a população.
“São dez municípios atendidos pela área portuária Inácio Barbosa, nós temos aqui também a nossa produção de gás, que torna Sergipe o maior produtor de gás do Brasil. Então, preocupado em não ser, como diz o governador (Fábio Mitidieri), o Uber do Gás, nós temos que gerar emprego aqui no nosso estado, por isso fizemos esta audiência pública, trazendo pessoas para falar sobre o desenvolvimento do estado e ver o que a gente pode fazer para trazer emprego e trazer essas empresas para os nossos municípios, porque vindo essas indústrias para cá, nós vamos gerar emprego e a receita vai circular aqui em Sergipe”, afirmou.
O secretário de estado do desenvolvimento econômico e da ciência e tecnologia (Sedetec), Valmor Barbosa, falou que o desenvolvimento econômico passa por ter sustentabilidade. Desta forma, é preciso debater o assunto e o Estado precisa estar presente nessas conversas.
“Não podemos mais ficar à margem, dizer que não participa e deixar as coisas acontecendo. A Sedetec tem feito o seu trabalho prospectando negócios, trazendo investimentos para Sergipe. Nós estamos não só rodando o país, mas também fora do país, mostrando as potencialidades, as oportunidades”, contou.
Ele informou que o SergipeTec fará um seminário sobre hidrogênio verde e que a secretaria está buscando a contratação do plano estadual de transição energética. Para ele, este é um assunto de importância para um futuro próximo.
“A transição energética é uma realidade, as matrizes energéticas vão tendo a sua substituição e o estado precisa estar preparado. Nós temos que preparar o estado, mostrar à população o que Sergipe tem feito”, acrescentou.
O presidente do Fecomércio, Marcos Andrade, disse que a geração de emprego e renda é essencial para qualquer sociedade, por este motivo, esta audiência pública é o momento oportuno de discutir a importação e exportação. Ele destacou a necessidade de fazer os trâmites para que os trabalhos se realizem.
“Para que isso aconteça, nós temos que ter aparelhos que funcionem e, dentro do aparelho, uma lei que beneficie, porque nós estamos arrodeados de estados que têm seus benefícios. Há dez anos, estamos discutindo esta lei e é importante dizer que Sergipe tem o porto, nós temos janela para importar e exportar e facilidade, agora só depende do governador e, com certeza, fará a lei, aprovará e homologará a lei para que as empresas sergipanas e regionais possam usar essa oportunidade”, afirmou.
O Superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Rodrigo Rocha, pontuou como é preciso ser feito para que o desenvolvimento possar acontecer. Ele disse que se trata de um assunto amplo que gira em diferentes setores.
“A gente tem que pensar em todos os fatores que de alguma forma contribuem para desenvolver o estado. Quando a gente pensa em desenvolvimento, a gente tem que olhar, por exemplo, a qualidade da mão de obra – a empresa virá sem ter trabalhador qualificado? Infraestrutura e logística – o mercado consumidor sergipano é relativamente pequeno, mas a gente tem acesso a muitos mercados importantes, eu preciso ter infraestrutura e logística de rodovias e estradas para que as empresas consigam escoar a sua produção. Ciência, tecnologia e inovação – é preciso desenvolver produtos inovadores dentro do estado para gerar melhores empregos, com melhor renda, dando melhor qualidade de vida para os sergipanos. Então de uma forma geral, o que a gente tem que pensar é ‘olhando para futuro, o que eu faço hoje se eu quero ter uma economia que gere mais oportunidades e melhores oportunidades?’. Não é só ter emprego, é ter emprego de qualidade para a população sergipana”, declarou.
A Audiência Pública foi realizada no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe.