Será realizado nos dias 11 e 12 de julho, das 8h às 12h o Simpósio ‘Revolta de 13 de Julho de 1924 à luz da História de Sergipe’. O evento é uma parceria da Assembleia Legislativa de Sergipe, através da Escola do Legislativo João de Seixas Dória e do Tribunal de Justiça de Sergipe, através do Memorial do Poder Judiciário.

Os eventos serão realizados nas duas instituições: no dia 11, no auditório da Elese, o tema será: Entre Transformações e Revoltas: Aracaju como plural de cidade (1889-1930) com o Prof° Dr. Frankly Rolim – presidente da Academia de Letras de Aracaju. Frankly Rolim É Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco, professor de História do Centro de Excelência Barão de Mauá, presidente da Academia de Letras de Aracaju, membro/pesquisador do GECES – Grupo de Estudos e Pesquisas em Comunicação, Educação e Sociedade Cnpq/UNIT.

Também na quinta, haverá palestra da Profa Dra Andreza Maynard – CODAP (UFS); Academia de Letras de Aracaju com o tema: : A Revolta Tenentista de 13 de Julho de 1924 e a História de Sergipe. Andreza Maynard é Pós-doutora em História pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (2015), Doutora em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2013). Professora de História do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe e participa como membro/pesquisadora do Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq). Membro da Academia de Letras de Aracaju.

No dia 12 de julho, o evento será realizado no auditório do Memorial do Poder Judiciário, na praça Olimpio Campos, das 8h às 12h. No dia 12, a palestra será do Presidente da Academia Sergipana de Letras, Anderson Nascimento com o tema: Treze de Julho e a Cidade. Anderson Nascimento é Doutorando em Direito e Ciências Sociais. Mestre em Educação/UFS. Foi Promotor de Justiça da
Comarca de Porto da Folha, no Estado de Sergipe e Juiz de Direito das Comarcas de Nossa Senhora das Dores, Itabaiana e Aracaju.

Na sequência haverá palestra do Tenente Coronel da Polícia Militar de Sergipe (PMSE) Marcelo Rocha, membro da Academia Brasileira de Letras e Artes do cangaço com o tema: A História da Segurança Pública até 1924. O evento é aberto ao público, gratuito e com certificado de participação.

História

A Revolta Tenentista em Sergipe durou do dia 13 de julho a 2 de agosto de 1924. Nesse dia, as tropas legais, lideradas pelo general Marçal Nonato de Faria, marcharam sobre as ruas de Aracaju e sobre as esperanças dos líderes tenentistas. Na antiga ‘Praia Formosa’, no ano de 1924 ocorreu a primeira revolta militar do estado, que durou aproximadamente três anos, a ‘Revolta Tenentista’. Os principais líderes do embate foram os tenentes Augusto Maynard Gomes, João Soarino de Melo e Manuel Messias de Mendonça; estes influenciados pela ‘Revolução Paulistana’ e pela insatisfação política da população, reivindicavam uma participação militar maior na vida pública.

No dia 13 de julho daquele mesmo ano, as tropas revoltosas atacaram o Palácio do Governo, prendendo o governador Graccho Cardoso e alguns dos seus aliados, tomando a frente do governo Estadual por quase um mês. Consequentemente, o presidente Artur Bernardes enviou as suas tropas, que logo contiveram os revoltosos, e estes acabaram presos. No ano de 1926, alguns participantes da revolta de 24 fugiram da prisão e instigaram novamente os militares, que tiveram a sua segunda tentativa de derrubar o governador frustrada. Os militares foram enviados para a Ilha de Trindade. Três anos depois retornaram à Aracaju onde foram calorosamente saudados pelos habitantes da cidade, devido à sua coragem.

Foto: Reprodução Portal Infonet