A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) revelou-se preocupada com os números de desocupação registrados em Sergipe. “São 181 mil sergipanos sem emprego. Isso é muito sério, pois a desocupação carrega em si uma série de outros complicadores, especialmente, de ordem social”, disse a democrata ao citar dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/Covid), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no final da semana passada.
O problema, salientou a senadora, foi potencializado pela pandemia provocada pelo novo coronavírus, conforme apontou o IBGE, ao mostrar que em outubro havia 13,8 milhões de pessoas desempregadas. O número representava, naquele momento, cerca de 3,6 milhões a mais do que o notado cinco meses antes. “Nesse período de cinco meses, registou-se uma alta de 35,9%, contabilizando-se uma taxa de desemprego de 14,1%, a maior da série”, pontuou Maria do Carmo.
Segundo os dados, em novembro, o índice de desocupação em Sergipe chegou a 18,9%, tomando a quarta posição no Brasil e a terceira da região Nordeste. “Sergipe perde apenas para o Maranhão, que está com 21,7%; Amapá, 20,9%, e Bahia, 19,8%”, disse Maria, ao defender uma política de estímulo à geração de emprego e renda, capaz de reverter esse cenário.
Os impactos econômico e psicossocial, no entender da senadora sergipana, são drásticos. “Há algum tempo li uma entrevista do professor Marcelo Afonso Ribeiro, do Departamento de Psicologia Social e Trabalho do Instituto de Psicologia da USP, onde ele dizia que o trabalho é parte efetiva e essencial da vida humana e que sem ele, naturalmente, há a exclusão social desse indivíduo de parte da sociedade”, contou Maria, salientando que esse fenômeno gera desordem na saúde física e emocional das pessoas já que o aumento da pobreza provoca a falta de acesso a bens e serviços essenciais à vida e à dignidade humana.
Fonte: assessoria