A Comissão em Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 5821/23, da deputada federal Laura Carneiro, que teve como relatora a deputada federal Delegada Katarina.

Em seu relatório, a parlamentar sergipana recomendou a aprovação da proposta, salientando que, apesar de o câncer de mama ser uma das principais causas de mortalidade de mulheres, o diagnóstico precoce tem relação direta com a cura.

Na avaliação da deputada Katarina, o governo federal pode e deve se envolver financeiramente no enfrentamento do câncer de mama. “Não bastam campanhas informativas se as mulheres que vivem nos municípios mais afastados dos grandes centros não têm acesso ao aparelho de mamografia”, observa.

Dessa forma, para ela, a aprovação foi um passo importante para garantir mais acesso à saúde. “Sabemos que o diagnóstico precoce é essencial para salvar vidas, e essa medida busca garantir que mulheres de todas as regiões tenham acesso ao exame”, reforça. 


Os dados comprovam isso. De acordo com os índices do Instituto Nacional do Câncer (Inca), do total dos exames realizados em 2022, 48% ocorreram no Sudeste, 24% no Nordeste, 19% no Sul e apenas 5% no Centro-Oeste e 4% no Norte.

“A distribuição percentual do número de mamografias, por região, mostra a desigualdade no acesso ao exame no Brasil. Nossas mulheres não podem mais esperar”, critica.

O texto também determina que gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) em estados e municípios adotem providências para ampliar o número de unidades que oferecem mamografia. A proposta foi aprovada na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e ainda tramitará na Câmara e no Senado. 

“Vamos seguir lutando pela saúde e pelo direito de todas as mulheres, que muitas vezes têm urgência em seus casos”, salienta a deputada Katarina.