Nesta terça-feira, 08, durante reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos terroristas ocorridos em 08 de janeiro, em Brasília, o senador Rogério Carvalho (PT/SE) lançou uma série de questionamentos diretos ao ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, apoiados em informações que, segundo o parlamentar, apontam uma clara participação de Torres nos atentados.
“O depoente esteve numa live com o ex-presidente defendendo a impressão do voto. Eles estavam questionando as urnas eletrônicas que são uma referência para o mundo em termos de transparência em processo eleitoral”, declarou o senador, ressaltando a postura de Torres em relação à integridade do sistema eleitoral.
Carvalho também questionou sobre a presença de Torres na Bahia, durante o segundo turno das eleições e alegou que o ex-ministro teria orquestrado a obstrução do transporte em locais com grande votação para o presidente Lula. O objetivo, segundo o senador, seria favorecer o então presidente Jair Messias Bolsonaro.
Carvalho não poupou críticas à atuação de Anderson Torres à frente do Ministério da Justiça, mencionando a mudança frequente de dirigentes na Secretaria de Segurança Pública. Além disso, Carvalho citou documentos que alertavam sobre possíveis ações violentas contra instituições e que, de acordo com ele, foram ignorados por Torres. O chefe da inteligência da Polícia Militar do Distrito Federal teria afirmado isso, segundo o senador.
De forma incisiva, Rogério Carvalho questionou a tentativa de Torres de se dissociar das responsabilidades relacionadas à Polícia Civil e à Polícia Militar. “Aí vem aqui e tenta passar a ideia de que não tem nada a ver com Polícia Civil e Polícia Militar? Como se essas instituições não estivessem subordinadas à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal?”, disse o senador, enfatizando a autoridade e o papel de Torres na coordenação da segurança no Distrito Federal.
“A verdade é que ele tenta de todas as formas se esquivar da responsabilidade institucional que tem um secretário, que é garantir a ordem no Distrito Federal, garantir a segurança de todo o patrimônio público e das pessoas no Distrito Federal”, concluiu Carvalho.
Fonte: Assessoria de Comunicação
Fotos: Daniel Gomes/Assessoria de Comunicação