De olho nas eleições de outubro deste ano e com o objetivo de aumentar sua base de apoio no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prepara uma reforma ministerial que deve ser realizada até abril.
A dança das cadeiras deve atingir ao menos 11 ministérios. A maioria dos ministros são senadores e deputados licenciados, e o objetivo é conquistar cargos principalmente no Senado, onde Bolsonaro sofre maior resistência aos projetos políticos.
De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a orientação de Bolsonaro para a reforma ministerial é que ela seja "normal" e "natural", "sem que haja ruptura". As pastas devem ser assumidas por servidores internos e também por parlamentares do Centrão, grupo de partidos que dá sustentação ao presidente no Congresso Nacional.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, deseja disputar uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Norte. A intenção, contudo, esbarra na mesma vontade de outro ministro: Fábio Faria, que comanda a pasta de Comunicações.
Ambos já conversaram com Bolsonaro sobre o assunto e tentam chegar a um acordo sobre quem será o candidato bolsonarista no estado, mas ainda não está definido. Marinho tem dito a interlocutores que a definição do nome passa pelo presidente, que terá a palavra final.
Fonte: R7