O senador Rogério Carvalho (PT) afirmou, na manhã desta segunda-feira, 09, em entrevista à rádio Fan FM, que os atos terroristas ocorridos nos prédios dos três poderes, em Brasília, no último domingo, 08, foi resultado de “tudo que Bolsonaro plantou nos últimos 4 anos”.
“As pessoas vêm sendo estimuladas a negar a democracia, a buscar golpe militar, a questionar a veracidade e segurança das urnas eletrônicas. E tudo isso, todo esse planeamentos de anos, culminou no absurdo que todos vimos no domingo. Tudo isso é responsabilidade política de Bolsonaro, que perdeu as eleições, fugiu para os Estados Unidos e deixou gente dele organizando esses atos”, afirmou.
Além disso, o senador dos sergipanos denunciou que, um dia antes dos atos ocorrerem, houve “uma mudança nos procedimentos que deveriam ser adotados”. “Em qualquer manifestação, existem medidas que são tomadas previamente para preservar a representação de nossa institucionalidade. São prédios simbólicos para o Brasil e para o mundo”, disse.
“Passei a tarde tentando falar com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, mas ele não atendeu as ligações. Também tentamos conversar com o secretário da Casa Civil, mas não nos atendeu. A impressão que temos é que eles queriam pagar para ver”, acrescentou.
Rogério ainda destacou que a “viagem de Bolsonaro foi estratégica”. “Ficou de longe para dizer que não estava aqui, que não tinha nada a ver. A mesma coisa o secretário de Segurança Pública do DF. É inegável e indiscutível que a responsabilidade política desses atos terroristas deve ser atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Não podemos tolerar nenhum ato que tenha como objetivo ferir a nossa democracia”, reforçou.
Por fim, o senador de Sergipe convidou seus conterrâneos a fazerem uma reflexão: “os sergipanos e sergipanas, assim como todos os brasileiros e brasileiras, também precisam refletir sobre aqueles que disseram que ‘tanto faz’ Lula ou Bolsonaro. Porque esse discurso oportunista também tem responsabilidade por este grave atentado contra o Brasil e à nossa democracia”, completou.