"Enquanto os gestores pedem para a população fazer  sua parte para evitar a propagação do vírus, eles não têm feito o básico”, a frase foi dita pela vereadora Emília Corrêa (Patriota), em tom de desabafo, ao se referir a ameaça de suspensão de atendimento do Hospital São José,  para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) por falta de repasses do Estado e município.

“De um lado, uma dívida de mais R$ 5 milhões, sendo que desse montante,  R$1,5 milhões é referente ao valor  que o município deveria destinar ao setor da UTI Covid-19. Do outro, os cofres públicos cheios de recursos federais para combater à pandemia, gestores com discursos bonitos,  propagando uma realidade que não existe e no meio disso tudo a população, mais uma vez, refém da negligência e falta de planejamento, correndo o risco de ficar desassistida”, lamentou Emília.

Para a oposicionista, em um dos momentos mais críticos da pandemia, é inadmissível um hospital informar que não tem insumos para pacientes UTI Covid-19, devido à falta de repasses. “Um absurdo. A falta de insumos não é nem devido a grande demanda, mas sim, pelo fato do hospital estar devendo aos fornecedores. O próprio diretor executivo alegou isso em uma entrevista veiculada na imprensa”, pontuou.

Emília ressaltou, também, que todas as esferas têm responsabilidades em uma calamidade pública, e que é importante cada um contribuir para o resultado positivo. “Não adianta só cobrar e não fazer a lição de casa. Temos que exigir, quando necessário, e cumprir, quando é nossa obrigação. O momento exige gestão, agilidade e eficiência. Esses três pilares são fundamentais no enfrentamento da pandemia”, afirmou.