O deputado federal Laércio Oliveira (PP) participou, ao lado do governador do Estado, Belivaldo Chagas, da cerimônia de assinatura de Protocolo de Intenções e de Decreto para modernização da regulamentação do setor de gás natural. O protocolo de intenções assinado com a Unigel possibilitará investimentos da ordem de 50 milhões de reais para a retomada da produção da planta de sulfato de amônio, assegurando novos 100 empregos na Unigel Agro Sergipe. A solenidade aconteceu na manhã desta sexta-feira, 8, no auditório do Palácio de Despachos, e contou com a presença de executivos da indústria, secretários de Estado e dirigentes de órgãos públicos.

Laércio é um dos grandes incentivadores da retomada econômica do país. Como relator da Nova Lei do Gás, que criou as condições para a abertura do mercado de gás natural, estimulando a concorrência nos diversos elos da cadeia produtiva, ele contribuiu, dessa forma, para a retomada da produção de amônia e ureia pela Unigel, ocorrida em agosto de 2021, após mais de dois anos de hibernação da antiga Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen). A retomada da fábrica representou um marco para o desenvolvimento industrial e colocou Sergipe como uma das referências no segmento de fertilizantes brasileiros.

“Ao completar um ano da Nova Lei do Gás, eu percebo que como o relator dessa lei, tive a oportunidade de dar uma grande contribuição para o meu país. Foi um grande desafio e hoje me sinto gratificado com os avanços obtidos nesse primeiro ano da Lei do Gás, em termos de investimentos e geração de oportunidades para Sergipe. São números impressionantes. claro que nós precisamos continuar a fazer o dever de casa. O governo do estado está fazendo a sua parte, criando uma melhora no ambiente de negócios e dando visibilidade às oportunidades em Sergipe. Muita coisa está acontecendo e deveremos ter este ano outro anúncios de investimentos importantes como um novo gasoduto para conexão do terminal de GNL da Celse à malha de transporte”, destacou Laércio.

Para o governador Belivaldo Chagas, os esforços do governo do estado para que a produção da Fafen fosse retomada, através da Unigel, não foram em vão. Ele chamou a atenção para a dependência do país dos fertilizantes importados. “Sergipe, apesar de pequeno, tem sido um exemplo quando se fala em modernização regulatória, como a Lei do Gás, tão bem trabalhada e conduzida no Congresso Nacional pelo deputado Laércio Oliveira. Não se pode admitir que um país como o nosso dependa 85% dos insumos importados para tocar o agronegócio. A gente tem condições reais para buscar meios de deixar de importar tanto insumos e retomar o crescimento da nossa produção agrícola”, disse o governador.

Luiz Felipe Fustaino, diretor executivo da Unigel, considera que o ano de 2021 representou um passo importante para retomada da produção a partir da Unigel Agro de Sergipe, localizada em Laranjeiras. O próximo passo, segundo ele, é retomar a produção de sulfato de amônio. “Essa é uma planta que já existe, mas que ainda não está em operação, e nós estamos agora estudando como fazer para viabilizar isso. Esse foi o motivo da nossa vinda até aqui, assinando esse protocolo de intenções junto ao governo do estado, justamente pensando nesta retomada”, considerou.

Maior produção

Com investimento estimado entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões e previsão de retomada da produção para o primeiro semestre de 2023, a iniciativa vai permitir a produção anual de até 320 mil toneladas de sulfato de amônio. Esse volume se soma à capacidade de produção de 350 mil toneladas dentro do complexo de Acrílicos da Unigel em Candeias (BA).

A estratégia da empresa está focada na integração e complementariedade dos seus negócios. Neste sentido, a Unigel está construindo, no Polo Industrial de Camaçari (BA), uma unidade de produção de ácido sulfúrico – matéria-prima na fabricação de sulfato de amônio -, em escala suficiente para atender a necessidade das unidades de produção de sulfato em Laranjeiras (SE) e em Candeias (BA).

Atualmente, a Unigel é a maior fabricante de fertilizantes nitrogenados do Brasil e conta com a capacidade de produção de 925 mil toneladas de amônia, 1.125 mil toneladas de ureia e 220 mil toneladas de ARLA. Juntas, as duas unidades no estado do Sergipe e Bahia geram, em média, 1.500 empregos diretos e indiretos. A companhia está comprometida com a maximização da produção de fertilizantes no Brasil, atuando para garantir a segurança alimentar e nutricional no país.