O deputado federal Laércio Oliveira participou no Palácio do Planalto da reunião para preparar um plano para reduzir a dependência do país da importação de fertilizantes. O grupo de trabalho sobre o tema será liderado pelo almirante Flávio Rocha, secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência. Também integram o novo colegiado os ministros Braga Netto (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Augusto Heleno (GSI), Bento Albuquerque (Minas e Energia), além da Embrapa e do CNPQ.

“O gás é um insumo importante na composição do custo dos fertilizantes. Com a aprovação da lei do gás, será viável a produção nacional de fertilizantes. Investidores querem vir porque sabem que o mercado quer comprar. Se tiver condições de competir, o agro vai comprar toda a produção”, disse o deputado Laércio na reunião. Ele acrescentou que Sergipe tem a principal mina de potássio do Brasil em Rosário do Catete e uma fábrica de fertilizantes que vai voltar a funcionar.

O grupo de trabalho terá 120 dias para produzir um rascunho do plano nacional de fertilizantes para ser apresentado ao presidente Jair Bolsonaro. Na reunião, Tereza Cristina destacou que o Brasil é o maior produtor mundial de alimentos, mas tem uma “dependência perigosa” da importação de fertilizantes, uma vez que cerca de 80% do insumo utilizado no país vem de fora. Apesar disso, há minas de fósforo, potássio e ureia no país que poderiam ser utilizadas para incrementar a produção nacional. O Brasil representa 7% do consumo global de fertilizantes, segundo o ministro Braga Netto.

“Não significa que temos que deixar de importar fertilizantes, mas precisamos de um volume seguro de produção nacional”, disse a ministra. “Mais do que segurança alimentar, trata-se de segurança nacional”, concluiu Augusto Heleno.

Fonte: Assessoria