A deputada Linda Brasil (Psol) usou o pequeno expediente, nesta quinta-feira, 21, para destacar, entre outros assuntos, o início da Campanha ‘21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres’. A campanha se estende até o Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro.

“É para refletirmos sobre as várias formas de violência que meninas e mulheres enfrentam em nossa sociedade e como podemos efetivamente combatê-las, pois a violência contra as mulheres não é um problema único ou uniforme, ela é plural e atravessada por diversos marcadores sociais, como as negras, indígenas, trans, com deficiência, trabalhadoras rurais e urbanas enfrentam violências específicas// não podemos ignorar essas diferenças”, afirmou.

A parlamentar destacou a criação do Dossiê Estadual da Violência contra as Mulheres, que tem a finalidade de mapear como as políticas públicas estão sendo implementadas. O objetivo é ter instrumentos que orientem e avaliem estas ações.

“O Dossiê é mais do que um levantamento de dados, é uma ferramenta para compreender como as mulheres estão sendo acolhidas pelo Estado e como o Estado pode agir para garantir que essas políticas públicas promovam respeito, dignidade, segurança e proteção. A partir dessas informações, podemos diagnosticar falhas, propor soluções e ampliar o alcance das políticas públicas, assegurando que nenhuma mulher fique desamparada”, acrescentou.

Ela ainda pediu que as mulheres vítimas denunciem o caso através do Disque 180, que tem ligação gratuita. As declarações ocorreram na Tribuna durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe.

Consciência Negra

Durante o grande expediente, Linda Brasil falou que participou da Marcha da Consciência Negra na comunidade Maloca, em Aracaju. Ela disse que a data é mais um dia de luta no combate ao racismo estrutural.

“Marchamos por quem veio antes, por quem resistiu, sonhou com a liberdade e ainda luta para viver em um país que insiste em negar o básico à população negra. O racismo e o genocídio da população negra são feridas abertas que não podem ser ignoradas, cada passo dado na caminhada foi um ato de coragem, de revolta e de amor”, declarou.

Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese