Para garantir o desenvolvimento de uma cidade, de maneira organizada, sustentável e orientando a correta ocupação do solo, é imprescindível que o município possua um Plano Diretor. É através desse instrumento que os gestores poderão planejar um centro urbano com melhores condições de vida para toda sua população. Entretanto, Aracaju não conhece essa realidade.
Defasado há mais de dez anos, o documento deve ser elaborado pelo Executivo e encaminhado para apreciação da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), para que seja aprovado, sancionado e, enfim, colocado em prática. Em recente entrevista à imprensa, o prefeito Edvaldo Nogueira divulgou que só irá enviar o material ao Legislativo após as eleições deste ano.
Em abril de 2019, foi dito pelo prefeito que o projeto seria enviado em junho, mas isso não se concretizou. Na época, Edvaldo assegurou que isso seria realizado em novembro do mesmo ano, porém, esse prazo também não foi cumprido. Para o vereador Lucas Aribé, a medida é desrespeitosa com a cidade e com a população.
“Após três anos de mandato, depois de adiar diversas vezes o prazo para o envio do Plano Diretor à Câmara, o prefeito de Aracaju deixa claro que não é prioridade dele no momento cuidar da cidade, mas, sim, de seus interesses eleitoreiros. Ao fazer isso, o chefe do Executivo coloca de lado a possibilidade de termos uma cidade com políticas urbanas estabelecidas corretamente, e mostra que está concentrado apenas em sua pré-candidatura. É lamentável”, repudia o parlamentar.
CMA