Em entrevista à Fan FM, o ministro destaca a importância do voto consciente, critica o bolsonarismo e defende o fortalecimento do PT no cenário nacional.
Em entrevista ao jornalista Narcizo Machado, na rádio Fan FM, nesta quarta-feira (23), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, fez uma análise profunda sobre o atual cenário político e o papel do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições municipais e futuras. Para Macedo, o que está em jogo vai além das disputas locais. “A minha participação é para fortalecer a democracia, é para derrotar o fascismo”, afirmou o ministro, ao se referir à importância de se posicionar politicamente.
Macedo reiterou que, apesar do crescimento numérico do PT em termos de prefeituras e vereadores, a avaliação precisa ser mais ampla. “Historicamente, o PT nunca foi campeão de prefeituras, mas ganhamos cinco eleições presidenciais, comentou. Ele lembrou que as eleições municipais, embora importantes, não refletem necessariamente o cenário nacional e destacou que a imprensa muitas vezes faz comparações precipitadas entre o desempenho do PT em comparação a partidos do Centrão.
Ao ser questionado sobre seu apoio a Luiz Roberto, candidato à prefeitura de Aracaju, Macedo foi enfático ao afirmar que sua decisão é baseada em seu compromisso com a cidade e com o processo democrático. Citando o ganhador do Nobel da paz, Elie Wiesel, ele declarou: “A neutralidade ajuda ao opressor…”, justificando sua postura de não se manter neutro neste momento crítico da política. Para Márcio Macedo, não há espaço para a neutralidade: “Esse não é o momento de neutralidade. A neutralidade agora só ajuda ao fascismo”, afirmou, se referindo àqueles que apoiam Bolsonaro e o bolsonarismo, que, segundo ele, representam uma ameaça direta à democracia. “Essa turma estará daqui a dois anos defendendo Bolsonaro contra o Lula. Eles são filhos da ditadura”, completou.
Por fim, Macedo reforçou a relevância do projeto nacional do PT e a necessidade de se unificar as eleições para permitir uma gestão mais focada e menos dependente de ciclos eleitorais. “O PT não tem dono, somos um partido de base e massas, e meu compromisso com o povo de Aracaju, de Sergipe e com o Brasil segue firme”, concluiu.