A deputada estadual Maria Mendonça (PSDB) protocolou na manhã desta segunda-feira (7), uma Moção de Repúdio, na Assembleia Legislativa, endereçada ao deputado estadual Arthur do Val (Podemos/SP), por suas afirmações machistas e misóginas contra as mulheres ucranianas. “Inaceitável e repugnante em pleno século XXI, ouvirmos de um cidadão, que exerce função pública, tais declarações, especialmente, contra mulheres que estão vivendo em total fragilidade por estarem num país em guerra”, afirmou a parlamentar, ao classificar como “desrespeitosa e desumana”, a postura do parlamentar.
Conhecido como “Mamãe Falei”, na conversa via whatsApp, cujo conteúdo foi vazado e amplamente divulgado e repudiado pelos mais diversos segmentos, Arthur considera que as ucranianas “são fáceis” por serem “pobres”. No entender de Maria Mendonça, a vulnerabilidade social não pode ser porta aberta para o abuso e para a violação dos direitos e da dignidade humana. “Não podemos naturalizar este tipo de atitude, sobretudo, quando parte de alguém eleito para representar o povo, inclusive, os menos favorecidos, independente de gênero”.
Autora de diversas proposituras que tratam da pauta feminina, Maria ressaltou que, mais do que nunca, as mulheres têm lutado por respeito e igualdade. “É intolerável qualquer ato que não tenha esses vieses”, disse. Ela é autora, por exemplo do PL que estabelece multa e determina a retirada de toda e qualquer veiculação publicitária com viés misógino, sexista ou estimulador de agressão e violência sexual contra a mulher, no âmbito do Estado de Sergipe.
Dentre vários outros, é de Maria, também, o Projeto de Lei “Maria da Penha vai à escola”, que propõe a inclusão de noções da Lei Maria da Penha, na grade escolar, para estudantes das redes pública e privada do Estado de Sergipe. “Mais do que nunca precisamos orientar os nossos jovens e a sociedade como um tudo a entender o que é violência, pois muitas vezes, ela é praticada de maneira dissimulada. Todos precisam conhecer e estar atentos a qualquer tipo de violação de direito”, afirmou.