O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (24), em pronunciamento na cadeia nacional de rádio e televisão, que a vida dos brasileiros deve continuar e os empregos serem mantidos diante da pandemia de coronavírus.
"O que tínhamos que conter naquele momento era o pânico, a histeria. E, ao mesmo tempo, traçar a estratégia para salvar vidas e evitar o desemprego em massa. Assim fizemos, quase contra tudo e contra todos”, disse Bolsonaro ao comentar a estratégia adotada pelo governo com a chegada dos primeiros casos de coronavírus no Brasil.
Bolsonaro contou que foi aceso um "sinal amarelo" desde a operação do governo coordenada para resgatar brasileiros na China, no início de fevereiro. "Sabíamos que mais cedo ou mais tarde o coronavírus chegaria ao Brasil", relatou. De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento o Brasil contabiliza 2.201 casos confirmados e 46 mortes em decorrência do coronavírus.
O presidente aproveitou ainda o pronunciamento para elogiar o trabalho do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e criticar as medidas tomadas por governadores de alguns Estados.
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"O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, como proibição de transporte, fechamento de comércio e confinamento em massa.", enfatizou.
Bolsonaro também comentou o papel da imprensa na divulgação de informações a respeito da pandemia. De acordo com ele, "grande parte dos meios de comunicação foi na contramão" e "espalharam exatamente a sensação de pavor".
"Tendo como carro chefe o anúncio de um grande número de vítimas na Itália, um país com grande número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso. Um cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso país", apontou o presidente.
Para Bolsonaro, no entanto, a imprensa "mudou seu editorial" de um dia para o outro. "Pedem calma e tranquilidade. Isso é muito bom. Parabéns, imprensa brasileira. É essencial que o equilíbrio e a verdade prevaleçam, entre nós", ironizou.
Na avaliação de Bolsonaro, 90% dos infectados não manifestarão nenhuma reação ao coronavírus. "O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Então, por que fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs, com menos de 40 anos de idade. Devemos, sim, é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nossos queridos pais e avós. Respeitando as orientações do Ministério da Saúde", observou.
Ele ainda garantiu que, devido ao seu histórico de atleta, não enfrentaria problemas caso fosse contaminado. "caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho", destacou,
De acordo com o presidente, o departamento de saúde dos Estados Unidos (FDA) e o Hospital Albert Einstein buscam a eficácia da cloroquina, medicamento usado no tratamento da malária, para reduzir os efeitos do coronavírus. "Nosso governo tem recebido notícias positivas sobre este remédio fabricado no Brasil e largamente utilizado no combate à malária, lúpus e artrite", revelou.
R7